Um lugar para se conhecer: Inhotim

Muitas vezes a rotina do terceiro ano é muito cansativa por focar somente no ENEM e nos vestibulares, é tanta coisa que às vezes parece que 24 horas não é o suficiente. E em meio todo o cansaço e estresse que pode ser definido o terceiro ano o meu professor de português e redação Nilton propôs um trabalho em campo muito interessante, que serviu como uma maneira de aprendizagem muito mais profunda do que às vezes se tem em sala de aula, além de ter sido extremamente divertida toda a experiência.

A saída do colégio foi às 7:30 e na estrada ao mesmo tempo em que se podia observar paisagens completamente lindas, em outros cantos via-se o reflexo da ação humana nos montes de lixo jogados de qualquer forma no acostamento da rodovia. Foi um momento em que aprendemos alguns conhecimentos importantes que o guia contou par a turma, além de que também foi um momento para se divertir escutando música (no caso o meu amigo Pinho definiu esse momento como nada agradável, já que ele não gostou do meu gosto musical que é extremamente eclético: tem de tudo um pouco no meu celular) ou para dormir um pouco.

GALERIA CILDO MEIRELES
Ao chegar a Inhotim recebemos um lanche básico e depois disso tratamos de ir ver a primeira galeria do nosso roteiro de viagem, e mesmo sendo a minha terceira vez no museu e nessa Galeria do Cildo as experiências que eu tive na excursão foram totalmente novas. Cada vez que você vai lá com pessoas diferentes novos significados são atribuídos para uma obra que você já conhecia, e é bastante interessante ver pontos de vistas completamente diferentes sobre a mesma coisa.
Através: Através está entre as obras de Cildo Meireles nas quais, por meio de jogos formais com materiais cotidianos, o artista lida com questões mais amplas, como a nossa maneira de perceber o espaço e, em última análise, o mundo. Trata-se de uma coleção de materiais e objetos utilizados comumente para criar barreiras, com os mais diferentes tipos de usos e cargas psicológicas: de uma cortina de chuveiro a uma grade de prisão, passando por materiais de origem doméstica, industrial, institucional. Sempre em dupla, os elementos se organizam com rigor geométrico sobre um chão de vidro estilhaçado, oferecendo diferentes tipos de transparência para os olhos, que à distancia penetra a estrutura. O convite é que o corpo experimente de perto esta estrutura, descobrindo e deixando para trás novas barreiras. Com sua conformação labiríntica e experiência sensorial de descoberta, Através e seus obstáculos aludem às barreiras da vida e ao nosso desejo, nem sempre claro, de superá-las.

Glove Trotter: Em Glove Trotter, Cildo Meireles lida com questões clássicas da escultura: volume, peso e gravidade. Porém estas questões se desdobram para noções de contexto geográfico e de universalidade. Ao reunir esferas de diferentes proveniências, histórias e usos, Cildo sublinha o que há de diferente, mas também de igual, em cada um destes objetos, criando uma linguagem escultórica quase musical com suas variantes de altura. A malha metálica cobre os objetos e nos faz refletir sobre um possível abarcamento de todos os corpos em um só campo, além de ampliar as referências da obra. Por um lado, remete às antigas estruturas metálicas utilizadas nas armaduras da idade média; por outro, confere à escultura uma aspecto futurista de paisagem lunar.

Desvio para o vermelho: Impregnação, Entorno, Desvio: Desvio para o Vermelho é um de seus trabalhos mais complexos e ambiciosos – concebido em 1967, montado em diferentes versões desde 1984
e exibido em Inhotim em caráter permanente desde 2006. Formado por três ambientes articulados entre si, no primeiro deles (Impregnação) nos deparamos com uma exaustiva coleção monocromática de móveis, objetos e obras de arte em diferentes tons, reunidos “de maneira plausível mas improvável” por alguma idiossincrasia doméstica. Nos ambientes seguintes, Entorno e Desvio, têm lugar o que o artista chama de explicações anedóticas para o mesmo fenômeno da primeira sala, em que a cor satura a matéria, se transformando em matéria. Aberta a uma série de simbolismos e metáforas, desde a violência do sangue até conotações ideológicas, o que interessa ao artista nesta obra é oferecer uma seqüência de impactos sensoriais e psicológicos ao espectador: uma série de falsas lógicas que nos devolvem sempre a um mesmo ponto de partida.



GALERIA ADRIANA VAREJÃO
Inhotim é tão grande que no mínimo são necessários três dias para ver todas as obras que tem lá, e pela primeira vez eu tive a oportunidade de conhecer a Galeria da Adriana Varejão, em pesquisas que já tinha feito anteriormente vi muitas pessoas recomendando que se visitasse a galearia e agora eu consigo entender o motivo. Não se trata de algo muito interativo como alguma das obras de Cildo Meireles, mas ainda assim não deixa de ser belo e reflexivo. É interessante observar a técnica da artista e a ligação de algumas obras com os alucinógenos.
Linda do Rosário: O azulejo, um dos motes recorrentes da obra de Varejão, reaparece em Linda do Rosário (2004), uma das mais importantes obras da série Charques. Nesta escultura, a arquitetura se associa ao corpo, e a matéria de construção se torna carne. A obra foi inspirada no desabamento do Hotel Linda do Rosário, no centro do Rio de Janeiro, em 2002, cujas paredes azulejadas caíram sobre um casal num dos cômodos do prédio.

Celacanto Provoca Maremoto: Especialmente criada para o espaço a partir de um painel original em apenas uma parede, a obra Celacanto Provoca Maremoto (2004-2008) vale-se do barroco e da azulejaria portuguesa como principais referências históricas, mas também da própria história colonial que une Portugal e Brasil: afinal de contas aqui estamos nos domínios do mar, o grande elemento de ligação entre velho e novo mundos no período das grandes navegações. Colocados nos painéis formando um grid, os azulejões fazem referência à maneira desordenada e casual com a qual são repostos os azulejos quebrados dos antigos painéis barrocos. Assim, o maremoto e as feições angelicais impressas nas pinturas formam esta calculada arquitetura do caos, com modulações cromáticas e compositivas, remetendo à cadência entre ritmo e melodia.

O Colecionador: O Colecionador é a maior pintura da série Saunas, e faz uso de uma palheta quase monocromática para criar um labirinto interior idealizado. Com seus jogos de luz e sombras, a pintura evoca espaços de prazer e sensualidade e reflete a arquitetura do pavilhão, propondo uma continuidade virtual do espaço.













NARCISSUS GARDEN - YAYOI KUSAMA
Narcissus garden Inhotim (2009) é uma nova versão da escultura-chave de Yayoi Kusama originalmente apresentada em 1966 para uma participação extra-oficial da artista na 33a Bienal de Veneza. Naquela ocasião, Kusama instalou, clandestinamente, sobre um gramado em meio aos pavilhões, 1.500 bolas espelhadas que eram vendidas aos passantes por US$ 2 cada. A placa alojada entre as esferas - "Seu narcisismo à venda" - revelava de forma irônica sua mensagem crítica ao sistema da arte e seus sistemas de repetição e mercantilização. A intervenção levou à retirada de Kusama da Bienal, onde ela só retornou representando o Japão oficialmente em 1993. Na versão de Inhotim, 500 esferas de aço inoxidável flutuam sobre o espelho d'água do Centro Educativo Burle Marx, criando formas que se diluem e se condensam de acordo com o vento e outros fatores externos e refletindo a paisagem de céu, água e vegetação, além do próprio espectador, criando, nas palavras da artista, "um tapete cinético".

THE MURDER OF CROWS - GEORGE BURES MILLER & JANET CARDIFF
Novamente aqui está outra obra que eu ainda não conhecia, mas dessa vez teve algo a mais de especial, pois envolveu o uso aguçado de alguns sentidos como o faro e o tato, além do processo de confiar no próximo. Antes de chegarmos à sala foram colocadas vendas em cada um e assim fomos guiados, tendo de confiar no próximo que estava a sua frente. E quando chegamos no local a venda não foi removida o que deixou a experiência muito mais interessante, pois eu escutava a história sendo narrada e automaticamente eu já começava a imaginar tudo o que estava acontecendo na minha mente, mas em alguns momentos eu me sentia um pouco incomodada de não estar enxergando. Por algum motivo achei que era a única vendada e que meus colegas estavam a minha volta me assistindo e em outros momentos achava que todos já tinham ido embora e me largado ali, mas apesar disso acredito que a experiência não seria tão boa se eu estivesse escutando tudo ao meu redor.
The Murder of Crows: Em The murder of crows (2008), 98 caixas de som são montadas sobre pedestais, cadeiras e paredes, e distribuídas à maneira de uma orquestra, convidando o visitante a acomodar-se em assentos dispostos no centro do espaço. Gerada por técnicas especiais de gravação e de reprodução polifônicas, a obra em áudio emana das caixas de som e é composta por cantigas de ninar, marchas, textos e composições musicais, além de efeitos incidentais. Um som dá sequência ao outro, evocando uma narrativa onírica de assustadora e desconcertante imediatez. A instalação foi concebida como um filme ou uma peça teatral, mas aqui as imagens e estruturas narrativas são criadas apenas pelo som. Inspirada na gravura de Goya O sono da razão produz monstros (1799), seu título é uma referência ao comportamento natural dos corvos que vivem, caçam, emitem sons de lamento e grasnam em bando. De quando em quando, a voz de Janet Cardiff faz-se ouvir pelo megafone posicionado no centro, recitando sequências de sonhos apocalípticos. The murder of crows (2008) é a maior instalação de som já criada pela dupla. Cardiff e Bures Miller estão na vanguarda de uma geração de artistas que emprega tecnologia de ponta em suas obras. Eles se valem de múltiplas linguagens, entre elas o vídeo, a instalação e a gravação sonora, para pesquisar a percepção audiovisual e a experiência do espectador, por meio da criação de sons físicos e esculturais.

A minha visita em Inhotim foi além dessas obras e galerias que eu coloquei aqui nesse post, mas falar sobre tudo acabaria deixando o post muito extenso, sendo assim resolvi apenas colocar algumas das obras que mais me chamaram atenção e das quais eu tenho fotos e registros no meu celular. E para quem nunca foi eu recomendo que um dia tire um final de semana para conhecer esse lugar belíssimo, e para quem já foi mais de uma vez não há nada de errado em ir novamente, pois acaba sendo uma experiência totalmente nova e você ainda pode conhecer outras instalações que não havia tido a oportunidade de ver anteriormente.





Resenha: Quase Uma Rockstar

Título: Quase Uma Rockstar
Autor(a): Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 256
Classificação: 5/5
É com convicção que posso falar que me tornei uma grande fã do Matthew Quick e de seus livros há algum tempo, sendo assim toda vez que tenho dinheiro e oportunidade eu faço questão de comprar um livro dele. E depois de alguns meses enrolando, finalmente, aqui está à resenha "Quase Uma Rockstar", que consegue ser tão perfeito, na verdade, melhor do que as outras obras do mesmo autor uma vez que a leitura acabou superando as minhas expectativas e me surpreendendo.
"Quase Uma Rockstar - Desde que o namorado da mãe as expulsou de casa, Amber Appleton, a mãe e o cachorro moram em um ônibus escolar. Aos dezessete anos e no segundo ano do ensino médio, Amber se autoproclama princesa da esperança e é dona de um otimismo incansável, mas quando uma tragédia faz seu mundo desabar por completo, ela não consegue mais enxergar a vida com os mesmos olhos. Será que no meio de tanta tristeza e sofrimento Amber vai recuperar a fé na vida? Com personagens cativantes e uma protagonista apaixonante, Matthew Quick constrói de forma encantadora um universo de risadas, lealdade e esperança conquistada a duras penas."
Narrado em primeira pessoa o livro começa mostrando um pouco sobre a vida complicada que a jovem Amber Appleton leva, mas mesmo assim ainda sorri constantemente e não deixa que os problemas afetem sua vida. A garota mora junto de sua mãe e de seu cachorro Bobby Big Boy (BBB), em um ônibus escolar (o Amarelão) depois de terem sido expulsas da casa do ex-namorado da mãe. Sem dúvida Amber leva uma vida difícil, mas para isso acaba contando com a ajuda de algumas pessoas bem importantes em sua vida: os seus meninos, o Padre Chee juntamente das Divas Coreanas e também a Donna Soldado Jackson (SJ), que sempre lhe dá comida e ajuda com alguns dos cuidados do BBB.
"Talvez eu seja bizarra — mas sou uma bizarra esperançosa, e tem coisa pior no mundo para ser.
Não é? Pois é.
Eu espalho esperança.
Sou uma espalhadora de esperança.
Acho que é isso que faço — livremente. E é por isso que ainda estou circundando a grande bola de fogo no céu. (é o Sol, cara!)."
E apesar de todas as complicações Amber tem uma grande fé em JC (Jesus Cristo), acreditando que ela e sua mãe vão encontrar um lugar melhor para morar e melhorar de vida,  que o diretor vai fazer mudanças necessárias na escola e que o seu professor preferido não vai ser demitido. E também é uma garota bastante otimista que acredita que coisas boas sempre acontecem para as pessoas que acreditam no bem, de tal modo que ela sente prazer de ajudar as pessoas ao seu redor como, por exemplo, ensinar inglês para algumas mulheres coreanas através de um grupo de coral conhecido como Divas Coreanas; visitar ao áxilo e divertir os idosos, além de ajudar ao seu professor preferido a manter o emprego dele.

Porém, o que Amber não podia prever era que sua vida iria mudar de maneira radicalmente do dia para a noite, e essa mudança que acontece deixa a adolescente de 17 anos praticamente desolada, uma vez que todo o seu mundo pareceu ruir e suas crenças começaram a se tornar um motivo de várias dúvidas e questionamentos que nem mesmo o Padre Chee sabe lhe responder. E é nesse momento do livro que é apresentado para o leitor uma fase mais sombria no mundo de Amber, que parece ser outra garota completamente diferente da garota extremamente otimista de alguns meses atrás.  
"A folha que cai. Voa como um jovem Ícaro. Depois se desfaz."
Para conseguir dar a volta por cima dessa nova fase que se instalou em sua vida a jovem vai precisar contar com a ajuda de seus amigos, além de que novas pessoas vão aparecer para ajudá-la apesar de sua teimosia inicial e do sentimento de negação que parece tomar conta dela. E é com a união dessas pessoas que Amber começa a perceber o quão ela é queria por todos, e que apesar de todos os males ocorridos em sua vida ela pode sim se considerar uma pessoa de sorte, no fim das contas.
“Devemos considerar perdido todo dia em que não dançamos pelo menos uma vez. E devemos chamar de mentira toda verdade que não for acompanhada por pelo menos um sorriso”.
O livro é envolvente desde a primeira página em que Amber começa contando algumas informações básicas sobre a sua vida, e o jeito da personagem é algo extremamente contagiante para o leitor, ainda mais o entusiasmo da mesma. Ao mesmo tempo em que a linguagem é simples também é rica em detalhes, combinando perfeitamente com o estilo de Amber, além de fluir de maneira muito rápida. "Quase Uma Rockstar" narra uma história muito envolvente e original, tanto é que o livro foi parar na minha lista dos favoritos e por isso recomendo a leitura para todas as pessoas. Os personagens (até mesmo os secundários) são bem desenvolvidos e encantadores, assim como a história como um todo.

Um pedaço do paraíso aqui na Terra.

Nas férias de julho eu não tive a oportunidade de fazer uma grande viagem, mas na minha última semana eu acabei fazendo uma pequena viagem para a Serra do Cipó, e a experiência que eu tive lá foi tão boa que eu tenho planos de voltar lá futuramente, além de ter ficado inspirada para fazer esse post aqui no blog com o intuito de mostrar um pouco mais desse paraíso que fica próximo de Belo Horizonte para as pessoas.
Uma das coisas que mais me chamou atenção durante essa viagem foi o grande número de cachoeiras que tem pelo local, tanto é que as quedas d'água acabam sendo um importante foco turístico na região e que atraem muitas pessoas para lá. E através de algumas pesquisas para implementar esse post descobri que muitas pessoas recomendam essas para se visitar:

  • GRANDE: A beleza da queda de nove metros se deve a sua extensão, que chega a 50 metros. Localizada em área privada, tem acesso fácil por trilha (200 metros), além de poços para banho e passeio guiado de caiaque por um trecho do rio. Santana do Riacho - Acesso pela Estrada para o Parque Nacional.
  • VÉU DA NOIVA: Com três grandes quedas, entre 70 e 120 metros, fica em área particular. A entrada é cobrada e o movimento fica intenso nos feriados, por conta da piscina natural e do fácil acesso (cinco minutos de trilha). O local é procurado por adeptos experientes do rapel. Acesso pela MG-010, Km 100 (sentido Serro).
  • CACHOEIRA DA FAROFA 
  • CACHOEIRA GRANDE
  • CACHOEIRA DA BRAÚNA 
  • CACHOEIRA DO RIACHINHO
  • CACHOEIRA DA CAPIVARA: Ela se encontra temporariamente fechada.

Dessa vez eu não fiquei em nenhum hotel por lá, mas de situações passadas eu tenho para indicar o Hotel Cipó Veraneio, quando eu era mais nova costumava a frequentar muito esse hotel durante as viagens de família e as críticas dele no site TripAdivisor são muito boas, mas para quem quiser mais opções de lugares para ficar eu também achei esses seguintes lugares:

  • Pousada Fazenda do Engenho
  • Pousada Flor de Lótus Cipó
  • Pousada Luar do Cipó
Uma das coisas recomendadas para quem vai à Serra do Cipó é aproveitar para ver a linda vista do Morro da Pedreira, ainda mais ao pôr do sol. E para chegar nesse local basta uma trilha de vinte minutos leva ao topo do morro, um conjunto de paredões a 280 metros de altura. Apreciar o sol se pôr lá de cima é emoção garantida! O local também é frequentado por escaladores e pela turma do rapel.

Apenas um dia não foi o suficiente para que eu aproveitasse todas as maravilhas que esse local tem para oferecer, mas mesmo assim a experiência que eu tive foi muito bacana e quebrou um pouco com a rotina que eu estava levando durante as férias. Para quem mora perto da região eu recomendo que tire um dia de folga ou um final de semana para conhecer essa verdadeira maravilha, pois só a sensação de estar cercado da natureza já traz uma sensação de paz e tranquilidade, sem contar que cada paisagem é mais linda do que a outra e todas de tirar completamente o fôlego.

GALERIA DE FOTOS





Séries famosas que eu não vejo, mas que tenho vontade de assistir

Um dos meus assuntos preferidos de abordar aqui no blog é sobre as séries que eu acompanho, ou sobre os filmes que eu vejo. E pensando nisso eu decidi fazer algo diferente, sendo assim eu vou falar aqui nesse post sobre algumas séries famosas que eu morro de vontade de ver, quem sabe assim eu deixo a minha preguiça de lado para começar a acompanhar mais algumas, ou pelo menos tentar.

GAME OF THRONES
"Há muito tempo, em um tempo esquecido, uma força destruiu o equilíbrio das estações. Em uma terra onde os verões podem durar vários anos e o inverno toda uma vida, as reivindicações e as forças sobrenaturais correm as portas do Reino dos Sete Reinos. A irmandade da Patrulha da Noite busca proteger o reino de cada criatura que pode vir de lá da Muralha, mas já não tem os recursos necessários para garantir a segurança de todos. Depois de um verão de dez anos, um inverno rigoroso promete chegar com um futuro mais sombrio. Enquanto isso, conspirações e rivalidades correm no jogo político pela disputa do Trono de Ferro, o símbolo do poder absoluto."
 É um fato de que essa série se tornou um sucesso tanto entre os adolescentes quanto os adultos, e é muito comum ver as pessoas comentando sobre ela nas redes sociais ou no dia a dia mesmo. Muitas das pessoas que eu conheço são fãs dessa série e de tanto que comentam sobre ela no final do dia eu já sei dizer de tudo o que aconteceu em determinado episódio. Agora, só falta mesmo começar a assistir a série para ficar por dentro de tudo que acontece.

HOW TO GET AWAY WITH A MURDERER
"Michaela, Wes, Laurel e Patrick são ambiciosos calouros de Direito da prestigiada academia East Coast Law School, onde apenas os melhores alunos podem participar de casos reais. Eles competem entre si para conseguir a atenção da carismática e sedutora Professora Annalise DeWitt (Viola Davis), na aula de Direito Criminal 1, também conhecida como "Como Se Livrar de Um Assassinato".
 A Shonda Rhimes tem um grande talento para escrever séries fodas (falo isso me baseando na minha experiência assistindo Grey's Anatomy e Scandal, além é claro dos comentários que as pessoas fazem a respeito das séries dela) e  que são viciantes, e HTGAWM não pode ser deixada de fora dessa lista. Já vi algumas cenas bem aleatórias da série no YouTube, e admito que depois do que eu vi eu fiquei bastante curiosa para saber o que vai acontecer não só com determinados personagens, e sim, com o todo no geral. Admito que tenho um fraco por séries de drama, suspense o que faz com que eu fique com muita vontade de acompanhar regularmente How To Get Away With Murder, sem contar que o Jack Falahee e faz um trabalho incrível com o Connor Walsh (sim, eu não ainda vejo a série, mas faço questão de acompanhar bem de perto de esse personagem que eu amo).

THE 100
"Quando uma guerra nuclear destruiu a civilização e o planeta Terra, os únicos sobreviventes foram 400 pessoas que estavam em 12 estações espaciais em órbita. 97 anos e três gerações depois, a população já contava com 4 mil pessoas, mas os recursos já vão escassos. Para garantir o futuro, um grupo de cem jovens é enviado à superfície da Terra para descobrir se ela está habitável. Com a sobrevivência da raça humana em suas mãos, estes jovens precisam superar suas diferenças e unir forças para cruzar juntos o seu caminho."
Admito que nunca me interessei muito pela série de livros da Kass Morgan, e muito menos na adaptação que foi feita dos livros para a televisão. Não sei explicar muito bem o motivo de nunca ter demostrado nenhum interesse, acho que o enredo do livro despertou muita atenção. Porém, estou considerando seriamente rever essa minha opinião sobre a série de TV (e mais tarde a dos livros, talvez) devido à influência das minhas amigas que se tornaram grandes fãs da série e vivem comentando sobre ela no nosso grupo do WhatsApp, e toda vez que o assunto é sobre The 100 eu fico sem entender muito bem do que elas estão conversando. Por elas comentarem tão bem do seriado acho que chegou o momento de eu deixar a minha primeira impressão de lado para dar uma chance à série.

Se assim como eu você também tem interesse de ver uma dessas séries ou outra que eu não citei aqui nesse post, deixe a sua opinião aqui nos comentários. E também estou aceitando sugestão de séries caso você tenha alguma para recomendar!

Resenha: Retrato do Meu Coração

Título: Retrato do Meu Coração
Autor(a): Patricia Cabot
Editora: Record
Número de páginas: 378
Classificação: 5/5
Há aproximadamente cinco anos atrás eu resolvi me aventurar lendo alguns livros da Meg Cabot como "O Diário da Princesa" e "Ela Foi Até o Fim", e mesmo tendo se passado muito tempo eu ainda continuo sendo uma grande fã das obras dela, apesar de não ler em grande quantidade em comparação ao que eu lia em anos anteriores. E agora aqui estou para fazer a resenha do segundo livro da série dos Rawlings — eu nunca li o primeiro que é a "Rosa do Inverno", e de acordo com algumas pessoas é importante ler o primeiro para conseguir compreender melhor a personalidade do casal teimoso, mas pessoalmente para mim isso não atrapalhou em nada, tanto é que eu só fui descobrir que o livro fazia parte de uma série somente quando terminei a leitura. São duas histórias completamente diferentes, mas para quem quiser saber como Jeremy tornou-se um duque as pessoas recomendam a leitura do primeiro livro.
"Retrato do Meu Coração - No passado, a desengonçada Maggie Herbert vivia às turras com os meninos, entre os quais o futuro duque de Rawlings, mas tudo se resumia a provocações e brigas. Agora adultos, eles se reencontram. Porém tudo parece conspirar contra a paixão recém-descoberta. Será que os jovens conseguirão vencer preconceitos - dos outros e os próprios - em nome do amor?"
 Maggie Herbert e Jeremy poderiam ser considerados como dois amigos de infância fazendo diversas coisas juntos, mas em um certo final de tarde quase que essa amizade acaba extrapolando alguns limites o que poderia ser uma verdadeira ruína para a jovem Maggie uma vez que a garota podia ser considerada como uma criançona, alguém ingênua, enquanto Jeremy um verdadeiro libertino que não encontrou muitos esforços ao tentar seduzir a jovem.

E esse dia acaba sendo um verdadeiro divisor de águas na vida de ambos, uma vez que Jeremy resolve se alistar no exército e vai para a região da Índia para provar para seu tio Edward que ele era muito mais do que um jovem irresponsável, mimado e bastante agressivo. Desde então se passam muitos anos em que os amigos de infância permaneceram distantes e sem entrar muito em contato, até um belo dia em que Jeremy volta para casa sem avisar o que acaba sendo uma verdadeira surpresa para todos, mas não uma surpresa maior do que a do Duque de Rawlings ao perceber que a alta, desengonçada Maggie havia mudado e muito desde a última vez em que se encontraram.. Agora ela estava uma verdadeira beldade, parece até ser outra pessoa completamente diferente, mas por dentro ainda tem o mesmo espírito moleca de sempre.
"Alguns homens sonham em construir pontes. Outros, vencer guerras. Outros, ainda, sonham em curar a fome e as doenças, enquanto outros desejam apenas a riqueza. Jeremy compreendia esses sonhos e estava preparado para tolerar os homens que os nutrissem. Mas para ele, só havia um objetivo que valia seu tempo e sua energia: um objetivo único que o impulsionara por cinco longos anos. E ele era, simplesmente, Maggie Herbert."
A mulher não apenas mudou fisicamente, Maggie também acabou mudando muitos traços em sua personalidade quando resolveu estudar arte na França. Ela se tornou muito mais forte e deixou de ser ingênua, além de ter precisado enfrentar a rejeição por parte de sua família que não achava adequado e não aceitavam o modo de vida um tanto quanto liberal que ela havia escolhido para si mesma quando decidiu seguir a carreira de artista. Desde pequena o seu comportamento não poderia ser considerado como ideal para uma jovem dama, e mesmo  com o passar dos anos aquilo pareceu não se alterar.

E como era de se esperar o reencontro ente os dois velhos amigos acabou sendo inundado por milhares de lembrança dos tempos em que passavam juntos implicando um com o outro, mas agora foi Maggie que acabou seduzindo Jemery. O feitiço virou contra o próprio feiticeiro! Apesar de que ela nota perfeitamente que o homem se tornou ainda mais atraente do que já era.
"Ai, meu Deus, mais um daqueles pensamentos carnais!
E desta vez com Jerry! Maggie estremeceu. O que estava pensando? Não podia ter esse tipo de pensamento com relação a Jerry! Jogara bolas de neve naquele corpo tantas vezes quanto esfregara aquele rosto no chão de terra. E agora ele passava exatamente embaixo dos galhos onde ela se escondia, tão próximo que seria fácil arrancar-lhe o chapéu da cabeça. Mais um segundo e seria tarde demais para surpreendê-lo."
Mas como era de se esperar a relação dos dois nunca foi muito fácil devido a tamanha teimosia de ambos, além das inúmeras implicâncias do passado o que não torna muito fácil que eles se entreguem um para o outro, para o sentimento de amor que eles guardam durante anos, e o fato de Maggie estar noiva não ajuda completamente em nada na situação.

E  como era esperado eu me encantei pelo livro "Retrato do Meu Coração", assim como as outras obras da Meg/Patricia Cabot. O enredo da história é envolvente e o fato da narrativa ser intercalada por Maggie e Jeremy é bastante interessante, pois dessa maneira permite que o leitor veja dois pontos de vista diferentes sobre a mesma situação, é uma técnica que eu gosto muito. A leitura é bem fácil e acaba fluindo bem rápido, e esse é um livro que eu recomendo para os fãs de romance, ainda mais os de época.

Um pouco mais sobre o Google AdSense

Eu participo de vários grupos de divulgação no facebook e muitas vezes vejo garotas fazendo perguntas sobre o Google AdSense, como ele funciona, o que é necessário para ter ele... Sempre que eu vejo essas dúvidas eu faço questão de tentar ajudar, mas nem sempre eu tenho todas as respostas que essas garotas precisam. E pensando nisso eu resolvi fazer um post explicando um pouco sobre como funciona essa ferramenta do Google.
Imagem do We Heart It

O QUE É O ADSENSE? 
O Google Adsense basicamente é uma plataforma gratuita para você rentabilizar o seu site independente dele (tanto faz se for um blog com 50 seguidores ou um com 300). Através do AdSense a pessoa começa a ganhar dinheiro com seu conteúdo através da exibição de anúncios no blog. 

COMO FAZER PARA UTILIZAR
Tempo de existência: Nas pesquisas que eu andei fazendo descobri que na maioria parte das vezes em que os blogs são reprovados é devido a idade do blog,  o pouco conteúdo e as vezes  a falta de estrutura. Sendo assim, algumas pessoas recomendam esperar no mínimo 6 meses de existência para solicitar o cadastro.
Ter 18 anos: Apenas os maiores de 18 anos podem se inscrever, mas quem ainda não completou essa idade pode se cadastrar em nome de um responsável .
Layout/Conteúdo: Nessa pesquisa eu descobri que o layout e o conteúdo do blog são alguns quesitos importantes para o blog ser aprovado. O AdSense precisa de ter um conteúdo bem definido para definir os tipos de anúncio que vão ser exibidos no blog, já que às vezes eles são contextualizados em relação ao assunto abordado. 
E é recomendável que o layout seja visualmente limpo, de fácil navegação para as pessoas e que deixe um destaque que os anúncios possam ser exibidos.

E se existir mais algumas dúvidas sobre como fazer para participar bastar entrar aqui nesse site www.google.com.br/adsense e dar uma lida nos termos e regulamentos para se inscrever no AdSense, pois de um modo geral alguns especialistas no assunto dizem que é um grande desafio já que o Google é bem "seletivo".
E aqui está uma lista de algumas coisas que apenas dificultam o processo ou podem fazer a conta de alguém ser banida:
  1. Mostrar material pornográfico, racismo, violência: esse tipo de coisa não é bem visto pelo Google AdSense e certamente você será recusado ou terá sua conta cancelada;
  2. Criar múltiplas contas também são proibidas;
  3. Tráfego genérico vindo, por exemplo, de traffic exchange não é aceito e você não será aceito;
  4. Gerar falsos cliques;
  5. Poucos posts podem dificultar a aceitação de seu site/blog.
REMUNERAÇÃO
No AdSense você ganha a partir das quantidades de cliques que você têm no anuncio, então não adianta alguém ter 300.000 seguidores se nenhum clicar nos anúncios. E falar com exatidão a quantidade de dinheiro que paga  depende de muitos fatores como qual é o tipo de campanha, o produto que está sendo anunciado e o valor que é pago pelo anunciante por clique.

Vamos imaginar essa situação: em uma semana os cliques do AdSense lhe renderam 10 centavos, você recebe uma média de 600 visitas dos quais 150 clicam nos anúncios, e desse modo temos: 150 X 0,10 = 15 dólares.

O QUE TENHO QUE FAZER PARA RECEBER
Ao completar no mínimo $10,00 dólares acumulados na sua conta você vai receber uma carta contendo o número do seu PIN (por isso é importante preencher corretamente o endereço ao criar a conta). E na página inicial da sua conta no Google Adsense vai ter um local para  informar o seu PIN aí é preciso inserir o código.

Em seguida você deve enviar as suas informações fiscais, e para fazer isso basta acessar o painel de controle, clicar em "Minhas Conta" e depois em "Informações Fiscais". E também é preciso preencher as informações bancárias corretamente

COMO É FEITO O PAGAMENTO
Você recebe quando chega ao $100,00 dólares, e se em um mês você não atingir esse valor o seu saldo será acumulado para o próximo mês até que você alcance esse valor.

Essas foram algumas das informações cruciais que eu achei que deveria focar no post e espero que isso acabe ajudando muitas blogueiras que ainda têm dúvida, e até mesmo eu que uso o AdSense há mais de seis meses não sabia de muitas das coisas que eu escrevi acima, e pessoalmente falando eu achei muitas dessas informações bastante esclarecedoras. Se você gostou desse post não deixe de falar sua opinião aqui nos comentários.  

Across the Universe

Eu sou completamente apaixonada por musicais e durante muito tempo eu estava nutrindo uma enorme vontade de assistir "Across the Universe", e de tao grande que era essa minha vontade eu sai procurando esse filme em todos os lugares, até mesmo vasculhando enormes pilhas de DVDs que ficam a venda nas Lojas Americanas. Foi um verdadeiro custo conseguir encontrar esse filme, mas depois de assisti-lo foi como se todo o meu esforço tivesse sido recompensado.
"Década de 60. Jude (Jim Sturgess) e Lucy (Evan Rachel Wood) estão perdidamente apaixonados. Juntamente com um grupo de amigos e músicos eles se envolvem nos movimentos da contracultura de sua época, tendo como guias o dr. Robert (Bono) e o sr. Kite (Eddie Izzard)."

Inglaterra, Liverpool, anos 60. É nesse cenário que o filme começa, mostrando o jovem Jude se preparando para sair em busca de seu pai que mora nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial a mãe de Jude acabou se envolvendo com um soldado americano,  foi um caso rápido e a unica coisa que restou foi uma foto com um nome: Wes Huber. E durante essa viagem Jude não consegue evitar de imaginar um pouco como seria o seu pai, e como seria o encontro dos dois.

Mas quando ele chega à faculdade onde seu pai trabalha descobre que ele não era um professor como estava imaginando, mas, na verdade, um zelador. E a reação de Wes não foi a melhor ao descobrir sobre esse filho, afinal ele tinha sua própria família e filhos e o aparecimento de Jude poderia causar alguns problemas, porem mesmo se negando a assumir o filho ele resolve arrumar um espaço para ele ficar nos humildes aposentos dele na faculdade. E é nesse cenário que Jude acaba conhecendo Maxwell "Max" Carrigan, um jovem, rico e irresponsável americano que estuda na Universidade de Princeton, e a amizade dos dois jovens é praticamente instantânea.

E no dia de Ação de Graças Max nem hesita em convidar Jude para passar essa data comemorativa junto de seus familiares, e é nesse momento em que é apresentada a jovem Lucy Carrigan, a irmã mais nova de Max e a garota por quem Jude acaba ficando completamente encantado. O que era para ser um jantar agradável acabou se transformando em uma verdadeira confusão no momento em que Max anunciou para seus parentes que ele estava largando a faculdade, que aquela vida não era para ele. E no final dessa noite ele e Jude pegam o carro e vão para New York.

Lá eles acabam dividindo o apartamento com Sadie, uma musicista que sonha em fazer muito sucesso algum dia. E não demora muito para outras pessoas começaram a dividir o apartamento com eles, primeiro chega  JoJo que é um músico extremamente talentoso e que entra para a banda de Sadie, além de se envolver com ela; depois quem chega é Prudence que invade o apartamento pela janela do banheiro depois de apanhar de seu companheiro e por último é Lucy que resolve ficar um tempo na companhia de seu irmão.

E no meio da tensão causada pela Guerra do Vietnã e nos vários protestos, acaba se desenvolvendo uma história de amor entre Jude e Lucy, que acaba passando por verdadeiros altos e baixos à medida que a jovem acaba se tornando cada vez mais ativa lutando contra a guerra, participando dos inúmeros protestos e incentivando cada vez mais pessoas a participarem, enquanto Jude fica cada vez mais focado em seu trabalho como artista: fazendo cartoons e outros desenhos bem variados. Contudo, o enredo do filme não gira ao redor desse casal, na verdade, acaba englobando a vida de todos os seis: Jude, Lucy, Max, Prudence, JoJo e Sadie durante os acontecimentos relacionados a Guerra.

Assim como todo musical o diálogo entre os personagens é bem pequeno, na maioria das ocasiões sempre se encaixa uma das músicas dos Beatles que combina exatamente com a situação e que, na minha opinião, as vezes acaba sendo muito melhor do que um diálogo. Porém, algumas pessoas não gostam muito disso, como é o caso do meu amigo João Pedro que ficou reclamando do fato de os personagens sempre cantarem, além de falar que eu não avisei para ele que o filme se tratava de um musical.

Pessoalmente eu adorei o filme e pretendo assistir ele mais vezes, pois quando eu assisti meus amigos João Pedro e Marina ficaram falando e discutindo alguns assuntos sobre política, Marx e pessoas que são de humanas e isso acabou atrapalhando em alguns momentos. "Across the Universe" foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro, ele contém 34 musicas dos Beatles e para o fãs da banda e de musicais esse é um filme que vale a pena assistir.

Ficha técnica:
  • Título: Across the Universe. 
  • Gênero: Comédia musical, Drama e Romance. 
  • Direção: Julie Taymor. 
  • Elenco: Evan Rachel Wood, Jim Sturgess, Joe Anderson, Dana Fuchs, T.V. Carpio, Martin Luther McCoy, James Urbaniak.
  • Duração: 2h11min.
Curiosidades:
  • Os personagens foram tirados de músicas dos Beatles, assim como o título original do filme.
  • 90% das canções foram gravadas ao vivo nos sets de filmagens, sem qualquer dublagem feita em estúdio durante a pós-produção.
  • O personagem JoJo é uma referência a Jimi Hendrix, enquanto que Sadie é uma referência a Janis Joplin.
  • Durante a canção "With a Little Help From My Friends" pode ser visto um grande pôster da atriz Brigitte Bardot. Trata-se de uma referência à conhecida obsessão que John Lennon tinha pela atriz.

Músicas favoritas:

Resenha: Todo Dia



Título: Todo Dia
Autor(a): David Levithan
Editora: Galera Record
Número de páginas: 280
Classificação: 5/5
Depois da minha experiência positiva lendo "Garoto Encontra Garoto" do David Levithan, eu resolvi embarcar na leitura de "Todo Dia", pois eu gostei do modo de escrever do autor, a temática da história me agradou e muito por ser bem original, sem contar que foi um livro que minhas antigas parceiras me indicaram. E depois de meses enrolando para escrever essa resenha, finalmente, aqui está ela!
"Todo Dia - Neste novo romance, David Levithan leva a criatividade a outro patamar. Seu protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor."
Narrado em primeira pessoa o livro "Todo Dia", conta a história de "A", um personagem que, na minha opinião, pode ser considerado como um pouco enigmático e único em todos os sentidos. "A" não possui gênero, sonhos e nem família, "A" está mais para um tipo de andarilho. Todos os dias ele acorda em um corpo completamente diferente e isso é um motivo que não se sabe explicar, desde quando era bebê "A" passava por essas mudanças e achava completamente normal o fato de uma pessoa ter pais, babás e até mesmo o sexo diferente todos os dias, porém chegou um momento em que percebeu que ele esse fenômeno apenas acontecia com ele. Sendo assim, depois de tanto tempo trocando de corpos "A" já está acostumado com a vida que leva e sempre faz o possível para agir  como se nada de errado estivesse acontecendo com seu hospedeiro para não levantar a desconfiança de outras pessoas, é como se fosse mais um dia comum.

E em uma manhã "A" acaba acordando no corpo de Justin, um jovem do tipo que parece causar problemas, introspectivo e que namora Rhiannon. O relacionamento dos dois está longe de ser um dos melhores, afinal Justin não parece se importar muito com a namorada sendo raro demonstrar alguma reação de afeto por ela. Já por outro lado Rhiannon o ama muito, ou pelo menos acredita que ama. Ver essa situação fez com que "A" resolvesse interferir um pouco na vida de seu atual hospedeiro, algo que ele é totalmente contra. Mas junto de Rhiannon tudo parece ser diferente, sendo assim "A" resolveu fazer com que aquele dia acabasse sendo o melhor na memória de ambos.
"Todo dia sou uma pessoa diferente. Eu sou eu, sei que sou eu, mas também sou outra pessoa. Sempre foi assim."
Depois dessa sua experiência no corpo de Justin e tendo aproveitando a tarde junto de Rhiannon, ele começa a desejar poder ter mais tempo no corpo de seu hospedeiro para simplesmente poder vê-la novamente, ouvir o som de sua voz. Ter uma vida junto dela era algo provavelmente impossível, devido à condição de vida que "A" leva, mas isso não o impede de tentar. Sendo assim, mesmo trocando de hospedeiro dia após dia ele tenta fazer o possível para poder manter o contato com Rhiannon, e de longe isso está longe de ser uma tarefa fácil, principalmente fazê-la entender a sua condição e acreditar nisso.
"Ontem eu era uma garota numa cidade que, imagino, fica há duas horas daqui. No dia anterior, era um garoto numa cidade a três horas de distância. Já estou me esquecendo dos detalhes deles. Tenho que esquecer; caso contrário, nunca vou me lembrar de quem sou realmente." 
"Todo Dia" é muito mais do que um simples livro que tem uma temática pra lá de original, na verdade, é algo muito mais profundo do que realmente aparenta devido o modo de vida que o personagem principal leva o leitor acaba tendo uma verdadeira reflexão. O livro trabalha com a concepção de se apaixonar por alguém pelo o que a pessoa é, a sua essência, e não pelo simples fato de ser homem ou mulher. A história narrada é linda e emocionante, talvez o final não seja o que você está esperando, mas mesmo assim essa é uma leitura que eu recomendo para todas as pessoas.

Pequenas Grandes Coisas da Vida


Corre. Faz isso. Faz aquilo. Olha o prazo! Vê se você consegue chegar a tempo. Deixa de fazer corpo mole e acaba logo com esse trabalho. Tempo é dinheiro!

Um dia desses estava andando de carro junto da minha mãe e como de costume eu me sentei ao lado da janela, sem nenhum tipo de objetivo especifico, me sentei no meu lugar favorito do carro apenas para ficar admirando a vista e pensando um pouco sobre a vida, e como sou uma pessoa que tem uma imaginação muito fértil não demorou muito para que eu acabasse embarcando para uma viagem no Mundo da Lua. Normalmente, quando estou perdida em meus pensamentos perco a noção — com muita facilidade — das coisas que ocorrem ao meu redor, mas naquele dia, em especial o som de uma buzina deu fim ao eu devaneio e me trouxe de volta para a realidade. Uma buzina completamente desnecessária, já que o sinal estava fechado e nada poderia ser feito para mudar a situação, exceto esperar.

O que era para ser um fato inútil e insignificante que não iria alterar em nada a minha vida se tornou em uma tremenda dor de cabeça, e que por fim se transformou nesse texto. Criatividade é uma coisa simplesmente engraçada, ela surge do nada e os temas são os mais variados possíveis. Quem poderia imaginar que uma maldita buzina poderia causar uma grande reflexão em minha mente e virar algo maior?  Eu que não

Não escrevo esse texto com o intuito de repreender o motorista e, muito menos, abordar a temática da poluição sonora nas cidades, apesar de ser um assunto preocupante. Essa buzina acabou sendo como uma pequena luz que iluminou a minha mente e, depois disso não consegui deixar de pensar nessa nova geração de apressados. Tudo tem que ser rápido, o dia a dia se torna uma verdadeira correria e vinte e quatro horas não parecer ser o suficiente. Sempre é preciso de cada vez mais e mais! E em meio a todo esse caos onde está o tempo para as pequenas coisas da vida, como passar um tempo apenas admirando uma bela manhã ensolarada; ficar observando o formato das nuvens; observar as pessoas ao seu redor e imaginar como elas estão se sentindo, ou apenas ficar contando as estrelas no final de um dia cansativo (ou pelo menos tenta, pois dependendo da região em que você mora apenas é possível enxergar alguns pontinhos luminosos em meio ao total breu da escuridão)? Sinceramente, não sei, mas gostaria muito de descobrir, pois infelizmente eu também faço parte dessa geração dos apressados — nasci prematura e desde então levo uma vida corrida.

E toda essa correria diária já cansou, deu o que tinha que dar. Agora quero começar a desacelerar um pouco esse ritmo, aproveitar as pequenas coisas da vida (que são verdadeiros tesouros). Quero aproveitar tudo, quem sabe até perder um pouco da noção do tempo. Quero apenas ser feliz.