Star Wars Episódio VII: O Despertar da Força. Ou também pode chamar de fenômeno

Diferente de algumas pessoas eu não fui apresentada a Star Wars ainda quando era uma criança, e sim no começo desse ano quando a minha professora de História junto do meu professor de filosofia (valeu Helga e Roberto!), que deram um aulão bastante explicativo onde eles falaram com informações ricas em detalhes sobre Star Trek e Star Wars. Tirando isso, tenho apenas uma vaga lembrança de que na minha infância de que jogava (ou pelo menos tentava jogar) Lego Star Wars: The Video Game junto dos meus amigos e via eles lutando com o sabre de luz, mas eu não tinha ideia do que era realmente. A única certeza que eu tinha disso tudo aos  oito nos de idade era de que se tratavam de brincadeiras bem divertidas.

Agora, voltando um pouco mais para o presente eu tive a oportunidade de assistir ao filme no sábado passado (19/12), e por ter gostado tanto achei que seria interessante fazer uma resenha dele (sem spoiler, juro!) aqui no blog, ainda mais que faz muito tempo desde que não escrevo sobre algum filme aqui.
"Décadas após a queda de Darth Vader e do Império, surge uma nova ameaça: a Primeira Ordem, uma organização sombria que busca minar o poder da República e que tem Kylo Ren (Adam Driver), o General Hux (Domhnall Gleeson) e o Líder Supremo Snoke (Andy Serkis) como principais expoentes. Eles conseguem capturar Poe Dameron (Oscar Isaac), um dos principais pilotos da Resistência, que antes de ser preso envia através do pequeno robô BB-8 o mapa de onde vive o mitológico Luke Skywalker (Mark Hamill). Ao fugir pelo deserto, BB-8 encontra a jovem Rey (Daisy Ridley), que vive sozinha catando destroços de naves antigas. Paralelamente, Poe recebe a ajuda de Finn (John Boyega), um stormtrooper que decide abandonar o posto repentinamente. Juntos, eles escapam do domínio da Primeira Ordem."
Não sou nenhum tipo de fã fanática se comparadas a algumas pessoas, mas mesmo assim quando a tela do cinema escureceu e começou a tocar "Star Wars Main Theme" foi um momento bastante emocionante, e desde desse momento até o final o filme não me desapontou em nenhum momento. Na verdade, foi a confirmação exata que eu tive sobre todas as criticas que até já tinha lido e escutado: o filme é um sucesso, um verdadeiro fenômeno. Sem contar que foi um verdadeiro "cala a boca" nas pessoas que estavam implicando com o fato de uma mulher e um negro estarem entre os personagens principais, vale a pena ressaltar que John Boyega (o primeiro protagonista negro de Star Wars) fez um ótimo trabalho na pelo de seu personagem FN-2187/Finn, um stormtrooper que começa a se questionar sobre o seu trabalho de modo que acaba se rebelando contra a Primeira Ordem, ajudando Poe Dameron (o piloto da resistência e pessoa de confiança da General Leia Organa) a escapar. É notável o dilema ético que o personagem Finn vai passando ao longo do filme.

Rey é apresentada como uma escavadora de Jakku, dessa forma que ela leva a vida como forma de conseguir dinheiro e comida, enquanto espera pela volta de alguém que provavelmente é de sua família. Logo fica claro que ela se trata de uma mulher forte e independente, que não precisa ser salva por algum homem, chegando muitas vezes a reclamar quando Finn resolve pegar sua mão para fugirem de algum tipo de confusão.
E a presença de alguns personagens marcantes como Han Solo, Chewie e General Leia (ela largou o seu título de princesa para continuar na resistência) foram um ponto crucial, que carregaram dentro de si aquele sentimento gostoso de nostalgia. Em meio a tantos personagens novos há aqueles icônicos que marcaram a vida de muitas pessoas. Se trata de algo novo, mas familiar. É o novo e o antigo se complementando.

De certa forma, em O Despertar da Força voltou a raiz do Bem contra o Mal, e nesse quesito destaca-se o vilão Kylo Ren, que é bastante perigoso e que possui um incrível domínio do Lado Negro da Força, mas que acaba sendo tentado pela luz como é mostrado em alguns momentos do filme, contudo ele é capaz de fazer do possível e do impossível para continuar seguindo no Lado Negro.

Um ponto positivo no filme é que mesmo não tendo conhecimento dos outros filmes ainda sim fica fácil a compreensão da história, e também vale a pena ressaltar o dinamismo; na maior parte do tempo sempre está acontecendo alguma luta ou algum momento emocionante o que faz que seja praticamente impossível desgrudar os olhos da tela por algum momento, nem mesmo para ir ao banheiro ou olhar as horas no celular. Outra coisa que me encantou bastante foi o fato do filme ser visualmente lindo.

Resumindo de uma forma geral, Star Wars - O Despertar da Força foi um dos melhores filmes que eu assisti esse ano e eu o recomendo para todas as idades. Desde as crianças que estão começando a descobrir sobre esse universo e até mesmo para os adultos, ainda mais que muitos estão familiarizados com os outros filmes que marcaram a sua infância ou adolescência. Então, se você ainda não viu esse filme deixe a preguiça de lado e vá ao cinema mais próximo de sua casa, pois se trata de algo que vale a pena.    

Ficha técnica:

  • Título: Star Wars - O Despertar da Força.
  • Gênero: Aventura, Ação, Ficção científica.
  • Direção: J.J. Abrams.
  • Elenco: Daisy Ridley, John Boyega, Harrison Ford, Carrie Fisher, Adam Driver, Mark Hamill, Oscar Isaac, Lupita Nyong'o, Gwendoline Christie, Andy Serkis, Domhnall Gleeson, Peter Mayhew, Max von Sydow, Anthony Daniels, Kenny Baker, Christina Chong, Pip Andersen.
  • Duração: 2h15min.
Curiosidades:

  • A produção preferiu usar locações reais, modelos em miniatura sobre a tela verde e imagens geradas por computador sempre que possível, a fim de fazer o filme esteticamente similar a trilogia original.
  • Segundo a presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, quando Harrison Ford e Chewbacca puseram os pés no set da Millennium Falcon, cada pessoa no set estava deslumbrada. Kennedy alega que cerca das 200 pessoas no local estavam completamente quietas, devido à presença icônica de Ford e Chewbacca de volta à nave de Han Solo.
  • Mark Hamill (Luke Skywalker), Harrison Ford (Han Solo), Carrie Fisher (Princesa Leia), Anthony Daniels (C-3PO), Kenny Baker (R2-D2), Peter Mayhew (Chewbacca), Tim Rose (Ackbar) e Mike Quinn (Nien Nunb) são os únicos atores da trilogia original a reprisarem seus papéis em O Despertar da Força. Entretanto, Daniels, Baker e Mayhew também estiveram na trilogia prequel (Episódios I, II e III).
  • Ao assinar contrato para assumir o comando de O Despertar da Força, J.J. Abrams torna-se o primeiro cineasta a dirigir um filme Star Trek e Star Wars.
  • Após ser lançado, o segundo trailer alcançou mais de vinte milhões de visualizações no Youtube, em menos de 24 horas.

Uma série viciante: Reign

Sempre acabo aproveitado as férias para colocar em dia às séries que eu acompanho e também para começar novas, e depois de escutar algumas amigas minhas comentando sobre "Reign" aproveitei que ela estava disponível no Netflix e assisti a primeira temporada em uma questão de poucos dias, afinal de contas o enredo é bastante evidente de forma que sempre fica aquela sensação de quero mais.
"Conta a história da ascensão de Mary Queen of Scots (Adelaide Kane) ao poder, quando ela chega à França aos 15 anos de idade, prometida ao Príncipe Francis, e com suas três melhores amigas como damas-de-companhia. Os detalhes da história secreta da sobrevivência na Corte Francesa, em meio a forças ameaçadoras e muitas intrigas." 
Uma das coisas que mais me atraiu inicialmente na série foi o fato dela ter se baseado em fatos históricos (na escola História sempre estava entre as minhas matérias favoritas) ao contar sobre a vida de Mary Queen of Scots, o processo de seu casamento com o Príncipe Francis e de seu caminho rumo ao poder, misturando fatos da realidade com algumas ficções que acabaram se complementando perfeitamente bem. Ao mesmo tempo em que o cenário é bastante real e verídico com a época podemos notar algumas modernidades no modo de se vestir de alguns personagens como, por exemplo, os vestidos que Mary e suas damas de companhia usam são muito bonitos, porém bastante modernos para a época em questão. 

Ao mesmo tempo em que algumas questões e intrigas políticas que acontecem são totalmente verídicas, como as questões diplomáticas envolvendo a França, Escócia e Inglaterra; até mesmo o fato da Catherine de Médicis não gostar muito de Mary (pelo menos foi o que eu achei ao pesquisar em alguns sites na internet, uma vez que fiquei curiosa para saber um pouco mais da vida de alguns personagens da série); ou a preferência que o rei Henry tinha por sua amante Diana de Poitiers. Já outras questões são ficcionais, mas que acabam enriquecendo o enredo da série com mistérios a serem desvendados (alguns envolvendo elementos naturais e outro sobrenaturais, ligados a religião pagã de alguns aldeões), brigas, mentiras, complôs contra Mary e até mesmo algumas traições.

E o fato de não focarem somente na história de Mary, dando destaque para os acontecimentos de alguns outros personagens secundários torna tudo ainda mais envolvente, pois pequenas histórias pra lá de emocionante começaram a girar junto da trama principal.       

Algo que adorei na primeira temporada da série foi ver o amadurecimento de Mary ao longo dos vinte e dois episódios, e analisando cuidadosamente fica claro que ela não é mais a garotinha um tanto ingênua que chegou a corte francesa sem ter a real noção do poder que ela tinha em suas mãos, mesmo estando bem longe de sua terra natal. Ao longo dos episódios ela se torna uma mulher madura que se torna capaz de realizar ações colocando em primeiro lugar a segurança de seu país, sendo capaz de colocar o Rei Henry em uma situação bastante complicada. 

Normalmente não sou uma grande fã de um triângulo amoroso, pois na maioria dos casos acaba sendo uma verdadeira enrolação sem fim e com muito drama que acaba tornando a situação bem cansativa! Porém, em "Reign" em menos de vinte e dois episódios tudo se resolveu e não teve um drama excessivo. Tanto Frary (Francis e Mary) e Mash (Bash e Mary) tiveram um ótimo desenvolvimento, acho que a produção da série não poderia ter feito escolha melhor para o rumo que esse triângulo acabou tomando.  

De certa maneira tenho muitas coisas boas para falar a respeito dessa série, e recomendo ela para as pessoas que gostem de coisas baseadas em fatos históricos, que apresenta em dose correta romance, suspense e um pouco de ação. No Netflix ainda só tem a primeira temporada de "Reign", mas para quem não tem uma conta no Netflix ou está querendo ver a segunda ou a terceira temporada também tem a opção de assistir pelo Filmes Online Grátis.