Resenha: A Partir de Amanhã Eu Juro que a Vida Vai Ser Agora

Título: A Partir de Amanhã Eu Juro que a Vida Vai Ser Agora
Autor(a): Gregorio Duvivier
Editora: 7 Letras
Número de páginas: 64
Classificação: 3/5

E aqui estou eu resenhando mais um livro do Gregrorio Duviviver, o último pelo menos até ele lançar um novo (espero que isso não demore tanto). E de todos os livros dele esse foi o primeiro que eu li, então peço desculpas pela resenha que demorou bastante para sair.
"Gregorio Duvivier, mais conhecido pelo seu trabalho como ator, estréia agora como poeta. Seu talento para o humor, já posto à prova nos palcos e na tela, se imprime também nas páginas de A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora. No livro, esse humor apresenta uma riqueza de nuances, indo do lúdico ao cáustico. Em outros momentos o autor nos brinda com um "delicado toque lírico", como define Paulo Henriques Britto. Ainda há espaço para brincadeiras com a poesia visual, como nos poemas "a régua e esquadro". O ecletismo característico da nova geração de poetas brasileiros está presente em A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora. A multiplicidade de referências e os jogos com a linguagem e a forma são traços marcantes dos poemas de Gregorio."
Quando conheci o trabalho do Gregorio como escritor, logo tive interesse para adquirir os dois livros dele que até então tinham sido publicados, sendo assim foi uma grande luta para conseguir achar "A Partir de Amanhã Eu Juro que a Vida Vai Ser Agora", mas no final todo esforço da procura valeu a pena quando consegui ter o livro em mãos. E essa foi a minha primeira experiência de ler os poemas dele, algo que me tirou completamente da minha zona de conforto, pois nunca fui muito fã de poemas e estava acostumada com suas crônicas.

E assim como em seus outros trabalhos é possível perceber que em seus poemas há a famosa brincadeira com palavras que ele realiza fazendo os trocadilhos, os temas simples que ele disseca formando algo muito belo e incrível. Dálmata, cigarro, parede e janelas, elephant gun... O Gregorio faz piadas e brinca com as palavras, como a Manuela que não passa de uma gripe que entope os poros, como a Clarice que clareia o mundo, como a Ana esperada sem qualquer esperança, ou como a Catharina que colore o mundo.

E toda essa temática das coisas simples da vida que o Gregrorio explora estão divididas em seis partes:
1) EPIFANIAS PARA COLAR NA GELADEIRA
2) PSICOTRÓPICOS
3) POEMAS PARA O MEIO DO LIVRO
4) QUATRO POEMAS A RÉGUA E ESQUADRO
5) SONETOS ÚTEIS PARA O DIA A DIA
6) ROTEIRO PARA UM LONGA-METRAGEM DE 4 CENAS
"DOCES CONSTELAÇÕES
a boca treme sob o céu
de píncaros e pícaros e
palavras ditas e reditas até
perderem a sombra de sentido
até que só fique o branco
do céu a encharcar
nossos pés"
Como de costume recomendo esse livro para as pessoas que gostam de poesia, pois o trabalho que o Duvivier desenvolve nesse livro é muito bom, assim em como suas outras obras. E também recomendo esse livro para as pessoas que não tem o costume de ler poesias, pois acredito na ideia de que, às vezes, é bom sair de sua área de conforto experimentando coisas novas, e sem dúvida é uma experiência bastante agradável ler os textos do Gregrorio, sendo eles poemas, crônicas ou esquetes.

Se você já leu o livro ou tem vontade de ler ele não deixe de comentar aqui no blog a sua opinião!

Águas Rasas

"Nancy (Blake Lively) é uma jovem médica que está tendo de lidar com a recente perda da mãe. Seguindo uma dica sua, ela vai surfar em uma paradisíaca praia isolada, onde acaba sendo atacada por um enorme tubarão. Desesperada e ferida, ela consegue se proteger temporariamente em um recife de corais, mas precisa encontrar logo uma maneira de sair da água."
O filme se passa no México, e mostra a história de Nancy (Blake Lively), uma jovem estudante de medicina que largou tudo para sair viajando ao redor do mundo, como forma de conseguir lidar com a morte de sua mãe — que lutou bravamente contra um câncer. E o destino da vez é uma praia paradisíaca e isolada que fica no México, um lugar que sua mãe tinha visitado quando era mais jovem, além de ser o local onde descobriu que estava grávida de Nancy. Dessa forma, a praia possuiu um significado especial para Nancy, é como se fosse a praia dela e de sua falecida mãe.
"Oi, irmãzinha. Só queria avisar que eu já cheguei aqui. A mamãe tinha razão. Demorei um século pra achar, mas é perfeita."
Chegando ao local fica claro que se trata de uma praia pouco conhecida, visto que além de Nancy há apenas outros dois jovens surfistas. E a beleza da praia é de tirar o fôlego, é como se fosse um pedaço do paraíso na Terra, um local tão belo que Nancy nem é capaz de imaginar que existem muitos perigos por ali.
Ela e os dois jovens passam a tarde inteira surfando e acabam se dando bem durante todo tempo que permanecem juntos por ali. E quando chega ao entardecer os dois rapazes resolvem ir embora, enquanto Nancy resolve ficar surfando mais um pouco para poder pegar a sua última onda. Contudo, ao tomar essa decisão ela acaba se distanciando ainda mais da costa, indo para o fundo, um local onde um tubarão estava se alimentando.

Foi nesse momento em que as coisas se tornaram perigosa.

Ao tentar sair do mar Nancy acaba sendo atacada por um tubarão que estava por perto, ela acaba machucando sua perna e sua única opção para tentar sobreviver é se abrigar em cima de uma pedra.
É nesse momento do filme em que o thriller começa. O espectador fica aflito acompanhando o destino incerto da personagem, sendo capaz de até mesmo sofrer junto dela que acaba sofrendo muito ao longo da história. Nessa parte vale ressaltar a atuação de Blake Lively, que acabou dando conta do recado. Sou fã da atriz desde a época de "Gossip Girl", e sinto que em "Águas Rasas" sua atuação está melhor do que nunca, ela conseguiu transmitir emoção, seu cansaço, dor e desespero para os espectadores. Blake Lively acabou emocionando muitas pessoas com sua ótima atuação!

Outro fator que eu gostei do filme foram as cenas de surfe que ficaram bem bacanas, além da fotografia vibrante que combinou bastante com a paisagem paradisíaca. Estava simplesmente lindo e foi capaz de tirar o fôlego em algumas cenas.  

"Águas Rasas" é um bom filme, contém bastante agonia e suspense, além de ter uma rápida duração. Para quem gosta de filmes de suspense/terror esse pode ser uma ótima opção, ainda mais que não dá muito medo se comparado com outros filmes de terror.

Ficha Técnica:

  • Título: Águas Rasas.
  • Gênero: Suspense, Terror. 
  • Direção: Jaume Collet-Serra.
  • Duração: 1h27min.
  • Elenco: Blake Lively, Sedona Leggem, Óscar Jaenada, Brett Cullen. 

Curiosidades:

  • O processo de desenvolvimento do tubarão, grande vilão do filme foi demorado e teve a ajuda do departamento de arte do longa. Segundo o diretor, ele é uma fêmea, já que elas são maiores e mais ameaçadoras.
  • No filme, a ilha onde a personagem vai passar suas férias é no México. Na versão dublada do México, porém, decidiu-se trocar a localização, alterando para o Brasil - e os nativos falam português brasileiro.
  • As filmagens foram dividas entre locações na Austrália e uma gigante piscina construída em estúdio.
  • O roteiro do filme foi eleito, em 2014, um dos melhores do ano que, ainda assim, não haviam sido produzidos.

Esquadrão Suicida

Me arrisco dizendo que "Esquadrão Suicida" era um dos filmes mais esperados de 2016, posso até apostar que muita gente já viu o filme e comenta sobre ele, mas mesmo assim ainda me sinto na obrigação de escrever esse post sobre o que eu achei dele, é o meu espirito de blogueira: não posso ler ou ver algo e ficar sem escrever nada depois.
"Após a aparição do Superman, a agente Amanda Waller (Viola Davis) está convencida que o governo americano precisa ter sua própria equipe de metahumanos, para combater possíveis ameaças. Para tanto ela cria o projeto do Esquadrão Suicida, onde perigosos vilões encarcerados são obrigados a executar missões a mando do governo. Caso sejam bem-sucedidos, eles têm suas penas abreviadas em 10 anos. Caso contrário, simplesmente morrem. O grupo é autorizado pelo governo após o súbito ataque de Magia (Cara Delevingne), uma das "convocadas" por Amanda, que se volta contra ela. Desta forma, Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Capitão Bumerangue (Jai Courtney), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje), El Diablo (Jay Hernandez) e Amarra (Adam Beach) são convocados para a missão. Paralelamente, o Coringa (Jared Leto) aproveita a oportunidade para tentar resgatar o amor de sua vida: Arlequina."
A história do filme se passa após a vinda do Superman para a Terra, e é nesse contexto em que acaba surgindo Amanda Waller (Viola Davis), uma oficial da Agência Central de Inteligência que está disposta a convencer o governo americano de que eles precisam de sua própria equipe de metahumanos. O que acontecerá com os Estados Unidos, com o mundo se o "próximo" Superman não for tão bom como o outro? Pensando nisso, Amanda propõe ao presidente a escalação de um time composto pelos maiores criminosos do país.

E quais criminosos compõe esse time? Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Capitão Bumerangue (Jai Courtney), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje), El Diablo (Jay Hernandez) e Amarra (Adam Beach). O objetivo principal da criação desse grupo é fazer com que eles cumpram algumas tarefas para o governo e assim eles terão o direito de reduzir o tempo de sua pena, inicialmente essa ideia não foi muito bem aceita, afinal de contas o quão catastrófico poderia ser tentar reunir os maiores criminosos do país em um time?
"Num mundo cheio de monstros, esta é a única forma de protegermos o nosso país."
Contudo, após o súbito ataque de Magia (Cara Delevigne), eles se tornam a única opção para combater uma entidade que pretende cobrir o mundo com a treva, e que consegue transformar os seres humanos em solados monstruosos.
Acho que a maioria das pessoas se decepcionou com o filme, o trailer mostrava imagens de um filme completamente incrível, criou grandes expectativas e no final não atingiu todas. Não que "Esquadrão Suicida" seja um filme ruim, é um filme legal para assistir, apenas não foi tão bom como muitos estavam esperando. O trailer foi totalmente diferente do filme que foi entregue às salas de cinema.

Outro fator que decepcionou bastante foi o Coringa (Jared Leto), boa parte da divulgação do filme foi baseada nesse personagem, muitas pessoas estavam comentando o processo que Jared fez para interpretar o personagem, vivendo suas bizarrices dentro e fora do set de filmagens, e como isso desagradou a alguns de seus colegas de elenco ("Eu fiz um monte de coisas para criar uma dinâmica, um elemento de surpresa, de espontaneidade e realmente quebrar quaisquer tipos de paredes que pudessem existir. O Coringa é alguém que realmente não respeita coisas como espaço pessoal ou limites" disse Jared durante uma entrevista. Ele enviou para para Margot Robbie uma bela carta de amor e uma caixa preta com um rato vivo dentro). Se o personagem Coringa apareceu por 15 minutos no filme isso já foi muita coisa, muitas cenas foram cortadas. Sei que "Esquadrão Suicida" não era o filme do Coringa, mas muitas pessoas esperavam ver mais desse grandioso vilão, fica até mesmo difícil de comparar as interpretações entre Heath Ledger e Jared Leto.

Mas o filme não foi apenas decepção, também teve seus acertos. Como de costume Viola Davis acabou brilhando em seu papel, ela é uma grande atriz e uma grande mulher. Margot Robbie também se saiu muito bem no seu papel da Arlequina, que foi a personagem divertida que conseguiu garantir algumas cenas de humor através de suas piadinhas e com o seu modo um pouco irritante de ser.

Aproveitando que estou falando da personagem da Arlequina, gostaria de deixar claro o fato de que o relacionamento dela com o Coringa se trata de um relacionamento abusivo. Não é bonitinho e muito menos uma história épica de amor, é uma relação abusiva e, de bonito e legal não tem nada. Vamos parar de romantizar uma relação onde rola muita  agressão física e verbal.
"Coringa: Você morreria por mim?
Arlequina: Sim.
Coringa: Não, isso é fácil demais... Você viveria para mim?"
Outro acerto que fizeram foi com a trilha sonora do filme, que está simplesmente divina! "Bohemian Rhapsody" do Queen, "Sympathy for Devil" do The Rolling Stones, "You Don't Own Me" da Grace... São tantas músicas boas, uma mistura de algumas mais antigas com outras mais atuais, que até fica difícil de falar qual é a melhor, mas de um modo geral todas elas funcionaram muito bem com o filme.

Ficha Técnica:

  • Título: Esquadrão Suicida.
  • Gênero: Ação, Fantasia.
  • Direção: David Ayer.
  • Duração: 2h03min.
  • Elenco: Margot Robbie, Will Smith, Cara Delevingne, Jai Courtney, Joel Kinnaman, Viola Davis, Karen Fukuhara, Jay Hernandez, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Adam Beach.

Resenha: Belgravia

Livro: Belgravia
Autor(a): Julian Fellowes
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 368
Classificação: 5/5

Nas férias fui surpreendida com um e-mail da Editora Intrínseca, se tratava de uma proposta de parceria pontual para resenhar "Belgravia", o mais novo romance de Julian Fellowes. No início não consegui acreditar que aquilo estava acontecendo realmente comigo, parecia algo muito bom para ser realidade. Depois de quase dois anos de blog finalmente consegui fazer parceria com uma das minhas editoras favoritas, isso me deu uma grande sensação de orgulho e de que eu estava fazendo a coisa certa, investindo aqui no meu blog. Foi uma ótima experiência para mim. Sinto que tive um grande crescimento como blogueira, sem contar a responsabilidade de fazer um bom trabalho.
"Uma nova saga histórica, fascinante e irresistível, repleta de segredos e escândalos

Ambientada nos anos 1840, quando os altos escalões da sociedade londrina começam a conviver com a classe industrial emergente, e com um riquíssimo rol de personagens, a saga de Belgravia tem início na véspera da Batalha de Waterloo, em junho de 1815, no lendário baile oferecido em Bruxelas pela duquesa de Richmond em homenagem ao duque de Wellington.
Pouco antes de uma da manhã, os convidados são surpreendidos pela notícia de que Napoleão invadiu o país. O duque de Wellington precisa partir imediatamente com suas tropas. Muitos morrerão no campo de batalha ainda vestidos com os uniformes de gala.
No baile estão James e Anne Trenchard, um casal que fez fortuna com o comércio. Sua bela filha, Sophia, encanta os olhos de Edmund Bellasis, o herdeiro de uma das famílias mais proeminentes da Bretanha. Um único acontecimento nessa noite afetará drasticamente a vida de todos os envolvidos. Passados vinte e cinco anos, quando as duas famílias estão instaladas no recente bairro de Belgravia, as consequências daquele terrível episódio ainda são marcantes, e ficarão cada vez mais enredadas na intrincada teia de fofocas e intrigas que fervilham no interior das mansões da Belgrave Square."
1815, Bruxelas.

A família Trenchard vem prosperando com o comércio, mas mesmo assim a matriarca Anne Trenchard não se sente completamente confortável com o novo ciclo social que está começando a frequentar e sente que sua família nunca vai ser inteiramente aceita. Eles não nasceram nobres, apenas se enriqueceram graças a ambição de seu marido James Trenchard, que é um empreendedor nato.

Quando receberam a notícia de que haviam sido convidados pela duquesa de Richmond para o lendário baile em homenagem ao duque Wellington, Anne é a primeira a se manifestar dizendo que não se sente confortável para ir em tal evento, mas para James esse é um motivo para que ele se sinta honrado. Outra pessoa que também está esperando ansiosamente pelo baile é Sophie Trenchard, uma jovem de 18 anos, filha mais velha do Sr. e da Sra. Trenchard. Ela está apaixonada por Edmund Bellasis (sobrinho da duquesa de Richmond) e o baile parece a oportunidade perfeita para eles ficarem juntos.
"— Seu pai percorreu com sucesso um longo caminho, mais longo do que a maioria das pessoas poderia imaginar, por isso ele não vê as barreiras naturais que o impediriam de ir além. Contente-se com quem somos. Seu pai tem se saído muito bem no mundo. Você deveria se orgulhar." 
A única coisa que ninguém poderia imaginar, era que a grandiosa festa seria interrompida pela invasão de Napoleão. Muitos homens foram à luta, e mesmo tendo saído vitoriosos na Batalha de Waterloo, muitas vidas foram perdidas nesse conflito o que afetará a vida de alguns envolvidos.
"Mais tarde, Anne se perguntaria como podia ter tanta certeza de que esse era o fim da história de Sophie. Mas, então, como disse a si mesma, quem saberia melhor do que ela que olhar para trás oferece um prisma que muda tudo? Ela se levantou. Era hora de descer e confortar a filha, que tinha acordado de uma bela fantasia em um mundo cruel."
1841, Londres.

Vinte e seis anos se passaram após o baile da duquesa de Richmond e da Batalha de Waterloo. Muita coisa mudou durante esse tempo. Anne e James Trenchard precisam lidar com a dor diária causada pela morte de Sophie, embora tenham uma situação financeira e social mais estruturada e morem em companhia de seu filho Oliver e de sua complicada esposa Susan.

Embora, a vida tenha mudado bastante para a família Trenchard, eles são obrigados a relembrar o passado quando Anne conhece, durante um chá, a condessa de Brockenhurst (também conhecida como Caroline Brockenhurst), a mãe de Edmund Bellasis. Caroline aproveitou o encontro com Anne Trenchard para fazer perguntas sobre o baile, por ter sido a última aparição social de seu filho antes da guerra.
"— Você deve ter muito orgulho de lorde Bellasis. Ele era um rapaz excelente, e gostávamos muito dele. Às vezes, nós oferecíamos um pequeno baile, com seis ou sete casais, e eu tocava piano. Parece estranho dizer isso agora, mas os dias que antecederam a batalha foram felizes. Pelo menos para mim."
Para Caroline e seu marido Peregrine, a perda do lorde de Bellasis não é algo que os afeta somente emocionalmente, mas também é algo que determina para onde irá à herança da família. Edmund morreu sem deixar herdeiros, de forma que todo o dinheiro e propriedades da família irão para o irmão mais novo do conde, o tio do lorde de Bellasis: Stephen Bellasis, sua esposa Grace e seu filho John. Comparado ao seu irmão mais velho, Stephen leva uma vida mais simples e almeja conseguir todos os bens da família com a morte de Peregrine.

Em meio a laços familiares que conspiram para conseguir a herança, Caroline acaba se torando muito próxima de James e Anne Trenchard, o que causa muita desconfiança entre as pessoas. E como se isso não fosse o suficiente, ainda há a presença do jovem Charles Pope, um empresário que vai causar bastante curiosidade entre as pessoas.
"— Estou procurando o Sr. Charles Pope — disse ela, sabendo muito bem que estava olhando para o próprio.
— Eu sou Charles Pope. — Ele sorriu, seguindo na direção  dela. — Por favor, entre. — Ele fez uma pausa e franziu a testa. — Está tudo bem, Lady Brockenhurst? Parece que a senhora viu um fantasma."
Como sou uma grande fã de romances de época, não demorou muito para que eu ficasse interessada na história de "Belgravia". A sinopse me pareceu bastante interessante, e eu gostei muito de Julian Fellowes ter misturado alguns fatos de ficção com alguns acontecimentos históricos, como a Batalha de Waterloo. Como História sempre foi uma das minhas matérias preferidas do Ensino Médio, gostei de ver alguns acontecimentos reais presentes na história.

Outra coisa que me agradou bastante foi a capacidade de Fellowes construir relações bastante solidas entre os personagens, o que ajudou na construção da trama incrível. Não sei se outra pessoa seria capaz de fazer um trabalho tão cuidadoso, complexo e bem estruturado, como Julian fez. A narrativa é muito rica em detalhes! Pessoalmente acho que essa técnica acaba enriquecendo o texto e aumentando a capacidade de imaginação do leitor, mas algumas pessoas têm preguiça disso.

Se você gosta de romances de época, de uma trama extremamente bem estruturada, o livro "Belgravia" é um livro que você deve ter em sua estante. Acabei gostando do livro muito mais do que eu podia imaginar, e agora pretendo ler outras obras de Julian Fellowes.

Resenha: Não Se Apega, Não

Título: Não Se Apega, Não
Autor(a): Isabela Freitas
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 256
Classificação: 5/5

E aqui estou eu tirando o atraso ao fazer a resenha de um livro que eu li em outubro do ano passado, senti que estava em dívida com vocês leitores do blog Escritora Whovian. Enfim, acho que boa parte das pessoas já escutou falar no nome Isabela Freitas, certo? Ela se tornou bastante conhecida pelo seu livro "Não Se Apega, Não", que fez bastante sucesso e ela ainda tem um blog: Isabela Freitas - Comportamento, relacionamentos, séries, filmes e mais! Era tanta gente comentando sobre esse livro que eu decidi comprar para ver se realmente era tão bom como algumas pessoas, e no fim eu acabei gostando muito mais do que podia imaginar.
"Desapegar: remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase “você deve encontrar a metade da sua laranja”. Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros distraídos.
Tudo começa com um ponto-final: a decisão de terminar um namoro de dois anos com Gustavo, o namorado dos sonhos de toda garota. As amigas acharam que Isabela tinha enlouquecido, porque, afinal de contas, eles formavam um casal PER-FEI-TO! Mas por trás das aparências existia uma menina infeliz, disposta a assumir as consequências pela decisão de ficar sozinha. Estava na hora de resgatar o amor-próprio, a autoconfiança e entrar em contato com seus próprios desejos.
Parece fácil, mas atrapalhada do jeito que é, Isabela precisa primeiro lidar com o assédio de um primo gostosão, das tentações da balada e, principalmente, entender que o príncipe encantado é artigo em falta no mercado.
Isabela Freitas, em seu primeiro livro, narra os percalços vividos por sua personagem para encarar a vida e não se apegar ao que não presta, ainda assim, preservando seu lado romântico."
O livro conta a história de uma jovem de 23 anos chamada Isabela, que tomou a difícil decisão de terminar o seu namoro de 2 anos com o Gustavo. Para suas amigas isso foi um grande choque, afinal os dois aparentavam ser o casal perfeito, Isabela só podia estar ficando maluca, aquela era a única forma de explicar aquilo que estava acontecendo. Porém, não era nenhum surto de loucura, era apenas ela colocando um ponto final em uma relação, uma vez que Gustavo fazia o tipo ciumento e controlador.
"Não insista em dar oportunidade àqueles que já tiveram inúmeras chances e as desperdiçaram todas as vezes." 
E recém solteira Isabela, vai passar por algumas boas aventuras ao lado de seus amigos durante a sua trajetória para resgatar seu amor-próprio, a autoconfiança e para entrar em contato com os seus próprios desejos. Além, é claro, de reviver  momentos do seu passado (alguns até bastante engraçados) durante a sua trajetória do desapego.
"Abrir mão. Deixar ir. Desapegar. Isso liberta de alguma forma. Por mais que nos aprisione em lembranças do que poderia ter sido."
O livro é uma mistura de realidade com um pouco de ficção, mas o que eu mais gostei durante toda a leitura é que a história da Isabela poderia ser minha, de você, da sua melhor amiga. É uma história que poderia ser de qualquer pessoa, pois você lê um trecho e pensa "Nossa, já aconteceu uma situação semelhante comigo" ou "Essa parte me lembrou totalmente da minha amiga". É uma história que mostra dilemas, situações e alguns problemas semelhantes a algumas coisas que nós passamos. Se trata de uma narrativa engraçada e bastante humanizada.

E, outra coisa que eu gostei no livro foi a forma de como os capítulos foram feitos de forma que fique parecendo um tweet, esteticamente falando eu achei que ficou muito legal e bonito. Nessa questão a Intrínseca está de parabéns, pois de forma geral o livro é esteticamente bonito.

Se você é fã de romance esse é um livro que eu recomendo, vale à pena. Apesar de algumas críticas bem negativas a respeito, eu achei que a leitura fluiu bem facilmente e eu gostei muito mais do que tinha imaginado, talvez seja pelo fato de que eu estava passando por alguns dilemas amorosos na época.