Resenha: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada

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 Título: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada
Autor(a): J.K. Rowling
Editora: Rocco
Número de páginas: 352
Classificação: 3/5

Quando era criança, um dos livros que me influenciou a ter o gosto pela leitura foi a saga de Harry Potter, de forma que tenho um grande amor por essa história e sou uma potterhead (esse termo é usado pelos fãs de Harry Potter). Ao descobrir que a J.K. Rowling estava produzindo uma peça de teatro mostrando a nova geração fiquei bastante animada, escutei algumas críticas negativas a respeito da peça e mesmo assim resolvi comprar o livo. Foi algo diferente de tudo o que eu já tinha lido, mas ao contrário de algumas pessoas eu acabei gostando. Foi um diferente bom.
"Sempre foi difícil ser Harry Potter e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, deve lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados.
Ansiosamente aguardado por milhões de fãs, o oitavo livro da saga de maior sucesso de todos os tempos chega às livrarias de todo o Brasil no dia 31 de outubro, em edições brochura e capa dura. Harry Potter e a criança amaldiçoada é a edição impressa do roteiro de ensaio da peça escrita por J.K. Rowling em parceria com Jack Thorne e John Tiffany, que está em cartaz em Londres e se passa 19 anos após os acontecimentos narrados em Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Ponto forte: A oitava história, dezenove anos depois. Franquia de maior sucesso do mercado editorial mundial. Prateleira: Para novos e antigos fãs de Harry Potter e leitores de fantasia em geral."
A história do livro começa 19 anos depois da grande Batalha de Hogwarts, desde esse tempo a cicatriz do Harry Potter nunca mais doeu. Em tese tudo estava bem, ele não precisou enfrentar outra ameaça perigosa como a de Voldemort, mas o seu trabalho no Ministério da Magia é bastante complicado, e como se isso não fosse o bastante ele ainda tem de lidar com a dificuldade de tentar ser um bom pai para os seus filhos: James Sirius, Albus Severus e Lily Luna.

Por ser o filho do meio Albus é o que se sente menos parecido com seus pais, ainda mais após ser selecionado para entrar na Slytherin durante a seleção das casas. Como se não bastasse as piadinhas que aguentava de seu irmão em casa também teve de lidar com o comentário de outros alunos em Hogwarts, sem contar no afastamento de sua prima Rose Weasley. Diferentemente de seu pai ele não tem muitos amigos na escola de magia e bruxaria e muito menos se destaca em algumas matérias, o seu único e melhor amigo é Scorpius Malfoy,  e juntos eles se ajudam em várias questões da vida.
"Scorpius: Achou realmente que ela viria para nós? Os Potters não pertencem à Sonserina.
Albus: Este aqui sim.
Eu não escolhi, entenderam? Não escolhi ser filho dele."
As coisas não andam sendo nada fáceis para Albus na escola e em sua casa, o que gera atritos na relação com o seu pai. Harry não sabe como agir para poder ajudá-lo. A relação entre pai e filho vai se desgastando. E a cicatriz voltou a doer, de modo que Harry se torna super protetor com o seu filho temendo pelo bem dele, o que acaba gerando algumas discussões e desentendimentos.

E a situação apenas piora quando Albus junto de Scorpius roubam um vira-tempo para voltarem ao passado e impedirem Cedrico Diggory de ser morto, e no fundo é uma tentativa de Albus agir de modo corajoso como o seu pai que precisou enfrentar.
"Albus: Você teve medo por mim?
Harry: Sim.
Albus: Pensei que Harry Potter não tivesse medo de nada.
Harry: É assim que eu o faço sentir?
Albus: Acho que Scorpius não contou, mas, quando voltamos, depois de não conseguir completar a primeira tarefa, de repente eu era da Grifinória, e nada era melhor entre nós por causa disso... então o fato de que sou da Sonserina... não é esse o motivo para nossos problemas. Não é só isso."
Por se tratar de uma peça de teatro a leitura é bastante rápida, em uma questão de duas horas já havia acabado o livro. Porém, admito sentir um pouco dos detalhes e das ações que tinham nos livros anteriores. Seria legar ver a descrição de alguns personagens ou dos ambientes, mas isso não é um erro do livro, são assim que funcionam os roteiros.
Elenco da peça Harry Potter and the Cursed Child.
De certo modo esse livro carrega em si um pouco de nostalgia mostrando personagens que os leitores tanto amam, como o Harry, Gina, Hermione, Rony, Draco, Minerva McGonagall e até mesmo o Snape... eles mudaram em comparação do que conhecíamos deles, agora estão mais maduros. Não considero esse livro como uma continuação dos anteriores, pois em parte a história me lembrou muito a uma fanfic com todo esse lance de voltar no tempo e do plot twist surpreendente, mas isso não significa que seja ruim.

Um dos maiores acertos desse filme foi o Scorpius Malfoy. O personagem é tão apaixonante que dá vontade de abraçar e não largar mais. Ele faz comentários engraçados, é uma pessoa simpática e eu me diverti muito com ele correndo atrás da Rose Weasley. Também gostei da relação entre ele e o Draco, que parece estar preocupado com o bem-estar de seu filho e apenas quer o ver feliz, mesmo que isso implique em ser amigo de um Potter.

Esse livro não pode ser comparado com os anteriores da saga de Harry Potter. Esse livro foi algo diferente, inovador e bom. Parece ser uma fanfic? Sim, mas isso não significa que seja de todo ruim como algumas pessoas apontaram. O livro tem lá os seus pontos positivos, e no fim acaba sendo uma leitura bastante agradável.

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