Amor a Toda Prova (Sem spoiler)

"Cal Weaver (Steve Carell) tem quarenta e poucos anos e leva uma vida perfeita, com um bom emprego, filhos e um casamento com a namorada do colégio, Emily (Julianne Moore). Até que, ao descobrir que Emily o está traindo e quer o divórcio, sua vida desaba por completo. Forçado a voltar ao mundo dos solteiros, ele enfrenta as dificuldades habituais de quem não sabe mais como se portar para se aproximar de uma mulher. É quando entra em cena Jacob Palmer (Ryan Gosling), um amigo que passa a lhe dar algumas dicas."

Todo relacionamento passa por algum tipo de crise ou dificuldade, certo? O único problema é que dessa vez Cal Weaver (Steve Carell) parece não conseguir impedir a sua esposa Emily (Julianne Moore) de pedir o divórcio, ainda mais depois de descobrir que ela tinha o traído. A separação parece inevitável para eles. O casal têm três filhos, os dois caçulas, passam a viver com a rotina de guarda compartilhada: uma hora passam um tempo com a mãe, e em outra ficam na casa de seu pai.

Depois de vinte e cinco anos de casamento, anos ao lado da mesma mulher, Cal estranha um pouco a vida de solteiro. Apesar de amar muito sua esposa, o divórcio parece ter sido definitivo, de modo que ele começa a tentar sair com outras pessoas e começa a conhecer um pouco dos prazeres da vida de solteiro. O único problema é que se tratando de mulheres, Cal parece não levar jeito para sair com elas. E é nesse momento de sua vida que ele conhece Jacob Palmer (Ryan Gosling), um verdadeiro conquistador que sabe o que fazer para conseguir seduzir uma mulher.

Após conhecer um pouco da história de Cal, Jacob decide ajudá-lo e começa dando uma repaginada em seu visual. Cal larga as roupas confortáveis, os jeans enorme e os tênis esfarrapados por um visual mais elegante, porém apenas a mudança de roupa não é o suficiente. Cal precisa aprender ter uma atitude, além de como conversar com uma mulher e fazê-la se interessar por ele. É Jacob que ensina tudo para ele, tudo o que ele precisa saber. E de um homem que não sabia o que fazer após a mulher ter o deixado, Cal se transforma em verdadeiro conquistador, e com as dicas e aprendizados que recebeu ele começa a se envolver com diversas mulheres. Se trata de um breve caso, uma espécie de one night stand, e ele não aparenta ligar para os sentimento de cada uma dessas mulheres com quem se envolve, Cal apenas está aproveitando a vida, tirando todo o atraso por ser ficado tantos anos com apenas uma só mulher.

Paralelamente, em uma noite de suas várias conquistas, Jacob conhece Hannah (Emma Stone), uma futura advogada e que não parece ter interesse em se envolver com o homem, afinal de contas elas tinha um relacionamento estável e estada feliz. Tudo bem que o seu namorado não era o homem mais emocionante do mundo, mas, mesmo assim ela estava feliz ao lado dele, ou era isso o que pensava. Porém, tudo muda quando ela acaba se decepcionando com seu namorado.
Em um momento de grande impulsividade e loucura, motivado pelas grandes doses de álcool que tinha tomado, Hannah vai até o bar onde tinha conhecido Jacob na esperança de encontrá-lo. O seu objetivo com ele era apenas transar e nada mais, estava bêbada o suficiente para fazer aquilo, sem contar com a decepção que estava sentindo por conta de seu ex-namorado. Depois de algumas doses de bebida, uma dança ao som de "Time Of My Life" (sim, eles estavam imitando uma cena de Dirty Dancing'!) a noite deles acaba tornando um rumo surpreendente. Com várias risadas, Hannah e Jacob se envolvem em uma conversa divertida e profunda.

É um pouco clichê dizer isso, mas Hannah foi a pessoa responsável pela mudança de Jacob. Antes ele era um verdadeiro sedutor, quando olhava para algum casal a única coisa em que conseguia pensar era quão patético era aquilo. Contudo, após a entrada de Hannah em sua vida ele começou a perceber que queria aquilo, que queria uma oportunidade de amar. E com essa mudança de atitude, Jacob se afasta de Cal, uma vez que ele não tem mais interesse de ir ao bar apenas para seduzir as mulheres, ele finalmente tinha encontrado alguém de quem realmente gostava.

Com esse novo comportamento de seu amigo e uma confusão em uma festa familiar, Cal percebe que ainda tem tempo de lutar pelo amor de sua mulher e de seus filhos.
"Amor a Toda Prova" é um desses típicos filmes de comédias românticas, e com os clichês que todo mundo ama. Inicialmente tive um pouco de dúvida sobre como todas essas histórias iriam se unir, até criei algumas teorias (eu errei feio, mas pelo menos estava pensando no caminho certo), e achei genial o modo que encontraram para unir todos esses personagens.

E como uma grande fã do Ryan Gosling (que homem, desde essa época ele já era maravilhoso) e da Emma Stone, gostei de poder ver o primeiro trabalho dos dois juntos no cinema, até me lembrei dos dois em La La Land dando vida ao Sebastian e à Mia. Foi legar ver como os dois amadureceram e melhoraram a atuação e que até hoje eles possuem uma grande química.

Ficha Técnica

  • Título: Amor a Toda Prova 
  • Direção: John Requa, Glenn Ficarra
  • Duração: 1h58min
  • Gênero: Comédia, Romance
  • Elenco: Steve Carell, Ryan Gosling, Julianne Moore, Emma Stone, Analeigh Tipton, Jonah Bobo, Joey King e Marisa Tomei

Curiosidades:

  • Amor a Toda Prova é o 2º filme dos diretores Glenn Ficarra e John Requa. O anterior foi O Golpista do Ano (2010).
  • A turma do personagem Robbie está estudando o livro "The Scarlet Letter". Este romance serviu de base para o filme anterior de Emma Stone, A Mentira (2010).
  • Os produtores do filme ofereceram prêmios para quem conseguisse criar um bom título para o longa.
  • Segundo filme de Kevin Bacon como um antagonista de um ator da série The Office. O primeiro foi Super (2010), estrelado por Rainn Wilson.

(500) Dias com Ela

"Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt) está em uma reunião com seu chefe, Vance (Clark Gregg), quando ele apresenta sua nova assistente, Summer Finn (Zooey Deschanel). Tom logo fica impressionado com sua beleza, o que faz com que tente, nas duas semanas seguintes, realizar algum tipo de contato. Sua grande chance surge quando seu melhor amigo o convida a ir em um karaokê, onde os colegas de trabalho costumam ir. Lá Tom encontra Summer. Eles também cantam e conversam sobre o amor, dando início a um relacionamento."

Quando criança Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt) acreditava em coisas como alma gêmea, destino, amor verdadeiro e no "felizes para sempre". E mesmo adulto ele ainda colocava fé em suas crenças, enquanto aguardava ansiosamente pelo dia em que a sua "the one" iria aparecer. Era apenas uma questão de tempo. E quando ele coloca os olhos em Summer Finn (Zooey Deschanel), durante uma reunião de trabalho, ele está quase certo de que ela é a mulher certa para ele, a pessoa pela qual ele estava buscando durante toda sua vida.

Contudo, Summer era o oposto de Tom. Como seus pais tinham se separado quando era apenas uma criança, ela nunca acreditou nessa história de encontrar o amor verdadeiro, muito menos que as coisas acontecem por conta do destino. Nesse sentindo ela podia ser considerada como alguém bem cética. De qualquer modo, Summer podia ser considerado como um verdadeiro espírito livre, fazendo o que bem entendesse.
Demora alguns dias para que Tom consiga se aproximar da mulher, e não demora para descobrir que os dois possuem gostos bem parecidos. Isso é o suficiente para convencê-lo de que Summer é sua alma gêmea, a mulher ideal para ele. Dessa forma, Tom bola passo a passo como irá fazer para conquistar Summer, e mesmo que os dois  funcionem durante um tempo não há garantias de que eles possam dar certo a longo prazo, pois existem grandes diferenças entre os dois. Enquanto Tom sonha com um relacionamento sério, Summer não está à procura de um namoro.

Já tinha ouvi falar bastante do filme, de modo que estava com grandes expectativas em relação ao (500) Dias com Ela. Desde o início fica claro que não se trata de uma história de amor, que não tem um final "feliz", pelo menos não para Summer e Tom como casal. Apesar de terem gostos parecidos, eles possuem objetivos diferentes o que dificulta o relacionamento. A história do filme é como a vida, nem sempre duas pessoas que gostam das mesmas coisas estão destinadas a ficarem juntas.

Ao longo da trama acabei ficando profundamente irritada com o Tom, ele não consegue aceitar o fato de Summer não querer ficar com ele. Antes do término ele vivia citando todas as qualidades que adorava nela: o seu modo de pensar,  seu sorriso, a marca de nascença em formato de coração em seu pescoço, a risada dela... Porém, após o término tudo que ele amava nela passou a ser completamente irritante e defeituoso. Ele passa dias se lamentando e chorando, definitivamente, estava no fundo do poço. É como se ele não conseguisse superar o fato de que Summer não o amava, que não queria ter nada sério com ele — desde o início ela sempre deixou claro que eles apenas estavam ficando, de que não tinham nada sério ou duradouro entre eles.
E o tempo que eles passaram juntos foi narrado pela visão de Tom, sem seguir uma ordem cronológica certa, se alternando entre momentos bons e ruins. E mesmo que não tenham terminado juntos, tanto Summer quando Tom conseguiram correr atrás de sua própria felicidade. Ela seguiu com a sua própria vida, enquanto ele largou o seu emprego para poder se dedicar à sua verdadeira paixão: arquitetura.

Uma coisa que eu gostei de "(500) Dias com Ela", é que o filme está longe de clichês. Ele foge da ideia de que para um final feliz o casal deve terminar junto, muito pelo contrário. Tanto é que Summer e Tom conseguiram encontrar a felicidade, o que procurava, quando estavam separados. A fotografia e a trilha sonora também foram impecáveis!

E outra coisa que eu reparei é que muitas pessoas não gostam da Summer pelo fato dela não ter ficado com o Tom, por fazê-lo sofrer por amor. Eu discordo disso, pois ela não tinha nenhuma obrigação de amá-lo na mesma intensidade em que era amada, ela não era obrigada a ficar com o Tom apenas para que ele ficasse feliz, sem contar que desde o início ela sempre foi bem clara com as suas intenções.

Ficha Técnica

  • Título: (500) Dias com Ela
  • Direção: Marc Webb
  • Duração: 1h36min
  • Gênero: Comédia, Romance, Drama
  • Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Zooey Deschanel, Geoffrey Arend, Chloë Grace Moretz, Clark Gregg, Minka Kelly, Rachel Boston e Patricia Belcher       

Curiosidades:

  • Originalmente, os personagens do filme viveriam na cidade de São Francisco.
  • Este é o 2º filme em que Joseph Gordon-Levitt e Zooey Deschanel atuam juntos. O anterior foi Maníaco (2001).
  • A cor azul foi escolhida para a composição do filme para destacar os olhos de Zooey Deschanel.
  • As telas que apresentam a contagem dos dias do relacionamento de Summer e Tom evidenciam a situação do casal. Nos dias em que tudo está bem, as cores são mais claras, e, quando os dias estão ruins, as cores ficam mais escuras
  • Uma cópia do primeiro álbum lançado por Morrisey, "Viva Hate", pode ser visto nos quartos de infância de Tom e Summer.

Guardiões da Galáxia Vol.2 (Sem Spoiler)

"Agora já conhecidos como os Guardiões da Galáxia, os guerreiros viajam ao longo do cosmos e lutam para manter sua nova família unida. Enquanto isso tentam desvendar os mistérios da verdadeira paternidade de Peter Quill (Chris Pratt)."

Depois de salvarem o universo a equipe dos Guardiões da Galáxias se tornou bastante conhecida, de maneira que eles começaram a ser pagos para prestarem determinados serviços. Viajando pelo espaço, fazendo o seu trabalho e se metendo em algumas confusões eles continuam se esforçando para manter a família unida. Porém, tudo pode virar de cabeça para baixo após sua última missão já que Rocket (Bradley Cooper) roubou um item extremamente valioso.

De salvadores eles se tornam fugitivos, até mesmo se estabelece uma recompensa pela cabeça de cada um. E como se a situação não pudesse piorar ainda mais, além de estarem sendo alvos para os caçadores de recompensa os Guardiões da Galáxia tem de lidar com a nave quebrada após um confronto que quase resultou na morte deles. Além de se preocuparem com alguém tentando os matar, eles também precisam consertar a nave que está aos pedaços.

A situação é tão caótica que os membros da equipe começam brigar entre si, culpando uns aos outros pelo problema em que se encontram. Contudo, eles são interrompidos pela chegada de um homem misterioso chamado Ego (Kurt Russell), que revela ser o pai do Peter/Star-Lord (Chris Pratt). Desconfiados da palavra do homem a equipe resolve se dividir: Peter, Gamora (Zoe Saldana) e Drax (Dave Bautista) partem junto de Ego, deixando Rocket e Groot (Vin Diesel) responsáveis por consertar a nave que está aos pedaços.
Durante sua vida inteira, Peter sempre teve dúvidas a respeito de seu pai, afinal de contas ele nunca tinha o conhecido e costumava a dizer para as pessoas que ele era um astro famoso. Uma figura paterna sempre fez falta em sua vida, e poder conviver ao lado de Ego até que não parece ser uma má ideia. O homem tem planeta enorme e muito bonito, sem contar que é a oportunidade perfeita para desenvolverem um pouco da conexão entre pai e filho, recuperarem o tempo em que passaram separados. Porém, nem tudo é tão perfeito como aparenta o que pode colocar a vida de Peter, de seus amigos e da galáxia inteira em perigo.

O que falar desse filme absolutamente incrível? Primeiro queria abordar a questão da trilha sonora, pois ela demais! As músicas dão vontade de dançar, sem contar que combinam com as cenas. Tanto o primeiro filme quanto esse tem uma ótima trilha sonora, a melhor de todas na minha opinião. Você sai do cinema cantando algumas das músicas de tão boas que são!

Outra coisa que eu gostei de ver nesse filme foi ver a relação entre Ego e Peter, como pai e filho se relacionaram. Além disso, também foi trabalhada a relação entre as irmãs Gamora e Nebula (Karen Gillan), explorando a relação do passado delas. Percebemos que Nebula não é uma psicopata completa, os abusos de seu passado a tornaram dessa maneira, mas ela também é capaz de fazer alguns atos gentis. Gostei da maneira que aprofundaram no passado de alguns personagens, isso ajudou a responder muitas das dúvidas que eu tinha.
Outro personagem que se mostrou diferente foi o Yondu (Michael Rooker). Acredito que muitas pessoas ficaram com a imagem de que ele não era um cara muito legal, afinal de contas quem sequestra uma criança e a faz trabalhar junto dos caçadores de recompensas, arriscando a sua vida? Definitivamente não parece uma pessoa muito legal. Porém, em "Guardiões da Galáxia Vol.2" as ações de Yondu são explicadas, sem contar que ele se redime de todos os seus erros ajudando a salvar a galáxia. Também é criada uma forte conexão entre Yondu e o Rocket, apesar deles gritarem, não serem as pessoas mais amigáveis de suas equipes, mas no final as pessoas sempre vão se importar com eles e vão estar por perto. Os dois têm mais em comum do que aparentam.

E eu não poderia deixar de comentar do Groot, ou melhor, do Baby Groot. Ele estava uma fofura e protagonizou alguns dos momentos mais engraçados do filme. Com o seu jeito inocente, a leve dificuldade para entender as coisas, o Groot ajuda a equipe de sua própria maneira, além de receber muitos cuidados por parte de todos.

Enfim, "Guardiões da Galáxia Vol.2" é ótimo como o "Guardiões da Galáxia Vol.1". As cenas de ação são dinâmicas, têm muitos momentos de humor, os efeitos especiais são muito bons (o planeta Ego nem se fala, ficou absolutamente incrível) e ainda explorou o passado de diversos personagens, aprofundando a relação entre eles. Foi um filme que acabou superando as minhas expectativas, e eu adorei ver a Karen Gillan atuando no papel de Nebula (mesmo azul, careca e meio psicopata ela ainda continua sendo um amor, mas não se compara a personagem dela em "Doctor Who": a Amy Pond), sendo uma grande fã da atriz percebo que ela vem amadurecendo cada vez mais em suas atuações.
Ficha Técnica
  • Título: Guardiões da Galáxia Vol.2
  • Direção: James Gunn (II)
  • Duração: 2h16min
  • Gênero: Ação, Ficção científica, Comédia
  • Elenco: Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Vin Diesel, Bradley Cooper, Michael Rooker, Karen Gillan, Pom Klementieff, Sylvester Stallone, Kurt Russell, Elizabeth Debicki, Chris Sullivan, Sean Gunn, Tommy Flanagan, Laura Haddock

Curiosidades:
  • James Gunn e Kevin Feige queriam convidar David Bowie para fazer uma participação especial no filme, mas, infelizmente, o artista faleceu em janeiro de 2016.
  • Chris Pratt revelou que o script do filme o ajudou a aceitar a morte do seu pai.
  • Vin Diesel, que no primeiro filme apenas dublou o Groot, agora também participou da captura de movimento para o personagem.
  • Segundo Karen Gillan, é possível que o público crie mais simpatia em relação à Nebul. A atriz afirmou que o filme irá abordar os problemas que a personagem possui com o pai, além de aprofundar a relação dela com a irmã Gamora.
  • O último filme da Disney e de super-herói feito por Kurt Russell foi Super Escola de Heróis (2005).

Nerve: Um Jogo Sem Regras (Sem Spoiler)

"A tímida Vee DeMarco (Emma Roberts) é uma garota comum, prestes a sair do ensino médio e sonhando em ir para a faculdade. Após uma discussão com sua até então amiga Sydney (Emily Meade), ela resolve provar que tem atitude e decide se inscrever no Nerve, um jogo online onde as pessoas precisam executar tarefas ordenadas pelos próprios participantes. O Nerve é dividido entre observadores e jogadores, sendo que os primeiros decidem as tarefas a serem realizadas e os demais as executam (ou não). Logo em seu primeiro desafio Vee conhece Ian (Dave Franco), um jogador de passado obscuro. Juntos, eles logo caem nas graças dos observadores, que passam a enviar cada vez mais tarefas para o casal em potencial."
Vee DeMarco (Emma Roberts) é uma garota tímida, que está prestes a sair do ensino médio e que vive em sua zona de conforto, como se tivesse algum medo de arriscar algo, seja para entrar na faculdade que deseja ou para conversar com o garoto pelo qual ela é apaixonada. Vee é uma verdadeira observadora, olhando para o mundo através das lentes de sua câmera e fotografando os ambientes e as pessoas. Porém, sua vida dá uma mudada radical quando sua amiga Sydney (Emily Meade) a provoca, dizendo que Vee é medrosa demais para deixar de ser uma simples observadora.

Em um momento de grande impulsividade e levemente enfurecida com sua amiga, Vee decide provar a todos que ela é corajosa, que ela é capaz de aceitar desafios. Sendo assim, ela decide se inscrever em um jogo que é a febre do momento: Nerve. O jogo é dividido entre os observadores e os jogadores e funciona a base de desafios, propostos pelos observadores, para os jogadores cumprirem. A medida que você vai realizando as tarefas você ganha uma certa quantidade de dinheiro, e quando você desiste ou fracassa é desclassificado do jogo.
Em sua primeira tarefa Vee é desafiada a beijar um estranho em uma lanchonete, um verdadeiro desafio para a garota que não está acostumada a fazer coisas ousadas ou a se arriscar. Ela anda pelo local, analisando bem as suas opções disponíveis no momento. É assim que ela conhece Ian (Dave Franco). Inicialmente ela acredita que ele é um jovem que gosta de ler, e o seu interesse apenas aumenta quando descobre que ele está lendo o seu livro preferido. Beijá-lo parece ser uma boa ideia, certo? Sim, e dessa maneira Vee completa o seu primeiro desafio.

Mais tarde ela descobre que Ian também é um jogador de Nerve, e o que era para ser apenas um beijo em um estranho acaba se tornando muito mais profundo. Os observadores gostaram da dinâmica entre Vee e Ian, de forma que começam a sugerir desafios para os dois cumprirem juntos. O que era para ter sido apenas um desafio e nada mais, uma forma de mostrar que Sydney estava errada ao seu respeito, se transforma em um verdadeiro jogo.

Começando com desafios simples como irem até Manhattan junto, experimentar roupas caras de uma loja chique e depois saírem pelados de lá, Vee e Ian executam as tarefas juntas, formando uma boa equipe. E a medida que realizam os desafios as tarefas vão se tornando cada vez mais perigosas, colocando em risco a vida de ambos. E o pior de tudo: o jogo não pode parar, de modo que Ian e Vee são obrigados a continuar aceitando os desafios, caso contrário, vão ficar presos para sempre no Nerve.
Eu achei esse filme completamente genial! Depois de o assistir fiquei refletindo sobre algumas questões, sobre como é a questão da intenet que vive influenciando a nossa vida, de como sempre estamos conectados e observando as outras pessoas. E também foi impossível não me lembrar do jogo "Baleia Azul", que incentivava os jovens a completarem 50 desafios — todos envolvendo o risco de morte —, sendo que o último deles é cometer suicídio. Assim como em Nerve, milhares de anônimos ficavam observando os jovens arriscando suas vidas em tarefas perigosas, sendo cúmplices das mortes que acontecem.

Outra coisa que eu adorei foi o fato de duas atrizes de Orange Is The New Black estarem em "Nerve: Um Jogo Sem Regras", a Kimiko Glenn e a Samira Wiley. Foi ótimo ver as duas juntas novamente, apesar de que elas não aturam ou não tiveram nenha cenas juntas, mas, mesmo assim, foi uma ótima sensação.

Ficha Técnica

  • Título: Nerve: Um Jogo Sem Regras
  • Direção: Ariel Schulman e Henry Joost
  • Duração: 1h37min
  • Gênero: Suspense
  • Elenco: Emma Roberts, Dave Franco, Emily Meade, Miles Heizer, Machine Gun Kelly, Kimiko Glenn, Brian 'Sene' Marc, Juliette Lewis, Samira Wiley e Jonny Beauchamp

Os 13 Porquês: As Diferenças Entre o Livro e a Série (Cuidado com os Spoilers)

"Uma caixa de sapatos é enviada para Clay (Dylan Minnette) por Hannah (Katheriine Langford), sua amiga e paixão platônica secreta de escola. O jovem se surpreende ao ver o remetente, pois Hannah acabara de se suicidar. Dentro da caixa, há várias fitas cassete, onde a jovem lista os 13 motivos que a levaram a interromper sua vida - além de instruções para elas serem passadas entre os demais envolvidos."
1) O TEMPO PARA ESCUTAR AS FITAS
Na série, Clay  demora vários dias para escutar todas as fitas deixadas por Hannah. Toda essa enrolação chega a irritar um pouco o público, até mesmo existem algumas piadinhas a respeito disso.
Já no livro, Clay escuta tudo em uma só noite.

2) PERSONAGENS COADJUVANTES GANHAM HISTÓRIAS PRÓPRIAS
Como na série cada episódio representa uma fita, o ritmo é mais lento do que o do livro, dá para aprofundar um pouco mais na história dos personagens coadjuvantes, indo além das fitas deixadas por Hannah.
Já no livro, como tudo se passa em uma só noite, conhecemos muito pouco dos personagens coadjuvantes. As únicas informações que possuímos são as que estão nas fitas, além de alguns poucos detalhes que Clay conhecia sobre tal pessoa.
3) TONY
Na série o personagem de Tony aparece no primeiro episódio, criando já um suspense. E no decorrer da série ele ganha uma maior importância, além de estar sempre por perto para ajudar o Clay a escapar de uma confusão ou para incentivá-lo a escutar todas as fitas.
Já no livro, a aparição de Tony é muito pequena, ele só aparece oficialmente quando chega o momento de Clay escutar a sua própria fita.

4) TONY CONTA AOS PAIS DE HANNAH SOBRE AS FITAS
Tony tinha prometido à Hannah que ajudaria ela a guardar o seu segredo, mas no último episódio da série ele entrega um pendrive para os pais de Hannah, com todos os arquivos de áudio que a filha deles tinha gravado antes de morrer.
Já no livro, o Sr. e a Sra. Baker não tem nenhuma noção das fitas gravadas pela filha.

5) CLAY JUSTICEIRO
Na medida em que vai escutando as fitas, Clay se sente angustiado por não ter feito nada que pudesse salvar a Hannah, além de um forte sentimento de justiça. Ele começa a procurar outros porquês, mostrar como eles tiveram sua participação na morte de Hannah. Existe até uma cena em que Clay confronta Courtney, querendo que ela assumisse de uma ver por todas a sua sexualidade.
Já no livro, Clay escuta todas as fitas e se lamenta por não ter feito nada diferente e não busca justiça à morte de Hannah, ele simplesmente passa as fitas adiante.

6) MORTE DE HANNAH
Na série, tudo acontece de uma maneira bem explicita: ela coloca uma muda de roupas velhas, enche a banheira com água e entra de roupa e tudo, corta os seus pulsos com uma lâmina de barbear e sangra até a morte.
Já no livro, Hannah se mata tomando várias pílulas.
Claro que existem mais diferenças, apenas listei as que me chamaram maior atenção. E isso não faz com que o livro seja superior a série ou vice-versa, os dois são bons em sua própria forma. E após a leitura de "Os 13 Porquês", percebi que a série se manteve fiel em vários aspectos, claro que existem algumas pequenas alterações, mas isso não interfere em nada na qualidade. E toda vez que lia o relato da Hannah nas fitas, podia jurar que estava escutando a sua voz, de tão similar que ficou com a série.

Resenha: Batman — A Piada Mortal

Título: Batman — A Piada Mortal
Autor(a): Alan Moore, Brian Bolland
Editora: Panini
Número de páginas: 82
Classificação: 5/5

A resenha de hoje é diferente de tudo o que eu já fiz. Estou a costumada a resenhar livros e escrever críticas de filmes e séries, mas hoje irei resenhar uma HQ: A Piada Mortal, do Batman. Espero que vocês gostem dessa novidade que estou trazendo para o blog, uma vez que aqui é o espaço que eu uso para abordar alguns dos assuntos que eu gosto, incluindo as histórias em quadrinhos.
"Um dia ruim.
É apenas isso que separa um homem são da loucura. Pelo menos segundo o Coringa, um dos maiores e mais conhecidos - se não o maior e mais conhecido - vilão do mundo dos quadrinhos. E ele quer provar o seu ponto de vista enlouquecendo ninguém menos que o principal aliado de seu maior inimigo: o Comissário Gordon. Cabe ao Cavaleiro das Trevas impedir.
O genial roteirista Alan Moore (Watchmen, V de Vingança) e o artista Brian Bolland (Camelot 3000) mergulharam na mente do Palhaço Psicótico e presentearam os fãs da nona arte com uma das melhores histórias já escritas sobre a origem do Coringa, analisando de forma definitiva sua relação com o Cavaleiro das Trevas e Gotham.
Brian Bolland é o astro da edição. Além de escrever o posfácio e nos presentear com uma aventura de oito páginas e esboços, o artista britânico fez questão de recolorir toda a história - que antes tinha cores de John Higgins - trazendo uma nova dimensão à obra e recriando completamente a atmosfera da HQ. Esta edição de luxo traz a íntegra de Batman: A Piada Mortal e ainda republica, como extra, a primeira história do Coringa."
A história começa com Batman descobrindo a fuga do Coringa do Asilo Arkham, o que lhe deixa extremamente curioso em um primeiro momento, e também levemente curioso, se questionando qual é o novo plano que o vilão está tramando. Qual será a próxima jogada que o Coringa tem na manga? Sendo assim, Batman não perde tempo e começa a caça pelo seu arqui-inimigo pela cidade, afinal de contas o tempo é crucial, cada segundo perdido é vantagem para o Coringa colocar o seu plano em ação.

Tudo indica que o vilão está usando um parque de diversões abandonados para construir uma espécie de "quartel-general", mas todo o seu plano é muito mais macabro. Após se instalar no velho parque, o Coringa faz uma visita nada amigável a cada do Comissário Jim Gordon, e aproveita para torturar a sua filha Barbara (ex-Batgirl) da forma mais cruel e sádica o possível, registrando todos os momentos com uma câmera e se divertindo com todo o processo.
“Assim, quando você estiver dentro de um desagradável trem de recordações, seguindo para lugares do seu passado onde o riso é insuportável… Lembre-se da loucura. Loucura é a saída de emergência.”
O seu objetivo com todo esse plano é mostrar como ele acabou enlouquecendo, sem contar que também pretende levar Gordon à loucura. E para isso acontecer, o Coringa transforma o parque abandonado em uma verdadeira casa dos horrores, criando cenários perturbadores — o que inclui algumas fotos de Barbara durante a tortura. Tudo extremamente bem pensando, a forma do Coringa provar o seu pronto de vista: para perder a razão, se entregar à loucura não é preciso de muita coisa, um dia ruim já é o suficiente, da mesma maneira que aconteceu com ele.

Achei toda a história muito bem planejada, as cenas de flashbacks do Coringa foram muito boas, além de ajudar a entender um pouco mais sobre esse personagem. As cenas de seu passado iam e voltavam, ajudando a construir o enredo de "A Piada Mortal". Não foi à toa que essa história recebeu os prêmios de Melhor Roteirista, Desenhista e Colorista. Sem contar que 29 anos após a sua primeira publicação, ainda continua sendo uma história que gera algumas polêmicas, teorias e discussões.