Resenha: A Coroa

Título: A Coroa
Autor(a): Kiera Cass
Editora: Seguinte
Número de páginas: 310
Classificação: 3/5

Depois de muita enrolação finalmente concluí a série da Seleção (foi um verdadeiro custo, estava precisando de um pouco de incentivo). E agora, vou trazer para vocês aqui no blog a resenha do último livro: "A Coroa", que encerra as aventuras dos amados Maxon e América, além de contar com a decisão final de Eadlyn a respeito de sua Seleção. Pra mim esse é um momento emocionante, como se um ciclo estivesse se fechando e eu não poderia estar mais feliz.
"Em A Herdeira, o universo de a Seleção entrou numa nova era. Vinte anos se passaram desde que America Singer e o príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção.
Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil - e importante - do que esperava."
A vida de uma princesa deve ser fácil, um verdadeiro mar de flores, certo? Muito pelo contrário, pois mais do que nunca a vida de Eadlyn Schreave está bastante complicada. Para começar ela está tendo de lidar com uma Seleção que não queria,e tomar uma decisão final parece mais difícil do que tinha imaginado. Seu irmão gêmeo fugiu para se casar e não deu nenhuma notícia, apenas deixando uma carta. O seu governo não tem uma grande aprovação, já que muitos a consideram como alguém insensível e sem coração.  E como se tudo isso não bastasse, sua mãe está em estado crítico de saúde após ter sofrido um ataque cardíaco.
"Eu estava cercada por exemplos de como o amor, o amor verdadeiro, poderia tornar menos incômodas as circunstâncias, seja enfrentando a maior decepção de sua vida ou arcando com o peso de um país. E, de repente, em minha vida, eu não conseguia lembrar porque eu estava com tanto medo dele."
Por sorte, Eadlyn percebe que durante esse momento complicado de sua vida ela não está sozinha, podendo contar com a ajuda dos selecionados que estavam dispostos a ajudá-la no que fosse preciso para reconfortá-la nesse momento. Isso acaba sendo ótimo, além de dificultar ainda mais a sua escolha: quem ela deverá escolher? Muitas pessoas acham que ela deve escolher Kile Woodwork, o rapaz que conhece desde sua infância, alguém que Eadlyn claramente sem sentimentos por ele, mas será que ela irá seguir os conselhos dos outros ou irá seguir o seu coração?
“Olhei descontroladamente para aqueles olhos azuis e abandonei todas as preocupações em minha cabeça. Meu coração disse corra. Então eu peguei a mão dele e fiz exatamente isso.”
Tive a impressão de que alguns acontecimentos do livro foram um pouco corridos com a Eadlyn se dividindo para dar atenção aos selecionados que sobraram (ela mal interagiu com alguns dos remanescentes), os problemas no governo e as delicadas questões familiares. E nesse livro eu me simpatizei um pouco mais com a personagem principal, comecei a olhar para ela com outro olhar. A Eadlyn é diferente de America, levou um tempo para eu poder me acostumar com essa mudança e a diferença entre as duas, sem contar que em "A Coroa" ela estava menos chatinha e arrogante.

O final não me surpreendeu tanto como eu imaginava, na verdade, o escolhido pela Eadlyn estava nas minhas apostas, mas mesmo assim acho que é capaz de surpreender a muitas pessoas. Fiquei feliz por ter acabado "A Coroa", pois sendo uma grande fã da série da Seleção senti como se estivesse concluído um circulo. Adorei poder ter acompanhado a história de amor entre o Maxon e a America, das confusões em que eles se meteram e  poder ver a família que eles construíram juntos. A Kiera Cass fez uma série incrível, e a única coisa que eu posso fazer é agradecê-la por isso.

Vamos falar sobre a nova série da Netflix: Girlboss

"Baseado na trajetória de Sophia Amoruso, uma jovem batalhadora que começou a vida vendendo roupas antigas no eBay e hoje, aos 27 anos, tem uma marca multimilionária baseada em Los Angeles."
A série se passa no ano de 2006 e conta a história de Sophia Amoruso (Britt Robertson), uma jovem de vinte e poucos anos que não tem vontade de encarar as responsabilidades de uma vida adulta, ela acredita que crescer é deixar os seus sonhos morrerem e a última coisa que quer é se tornar uma daquelas adultas chatas. E sem muitas perspectivas para o futuro, já que largou a faculdade e se recusa a voltar para a casa de seu pai, Sophia trabalha em uma loja vendendo sapatos.

Com uma personalidade forte a jovem faz bem o que entende, mesmo que isso acabe prejudicando outras pessoas, e após uma briga com sua chefe Sophia se demite e novamente se vê no dilema: qual será o seu próximo emprego?
Em meio a sua indecisão do que fazer de sua vida, ela compra uma jaqueta de couro dos anos 70 que achou em um brechó, pega uma comida no meio do lixo, rouba um tapete e aproveita para fazer um piquenique no parque. As coisas não estão indo bem para o seu lado, e piora quando tem de se encontrar com o seu pai: um homem rígido que não concorda com o modo de vida de sua única filha, e que defende a ideia de que seria melhor se Sophia voltasse a morar com ele.
A jovem encontra a respostas para todos os seus problemas (emprego e dinheiro) no eBay, quando ela vende uma roupa online e percebe que essa pode ser uma ótima maneira de viver sua vida. Finalmente Sophia encontrou algo que lhe agradasse, que não precisasse ficar seguindo ordens de ninguém e foi assim que nasceu a Nasty Gal, deixando algumas pessoas deslumbradas e outras com muita raiva.

Essa série da Netflix me conquistou rapidamente, foi numa questão de dois dias em que eu vi todos os episódios. Uma das coisas que mais me chamou atenção foi o comportamento da personagem principal: Sophia Amoruso. Ela está longe de ser uma garota delicada e fofa, muito pelo contrário, em várias ocasiões ela se mostra ser muito egoísta e pisa em cima de algumas pessoas para conseguir o que quer, até mesmo em sua melhor amiga Annie (Ellie Reed). Claro que ela tem alguns momentos legais e gentis, mas, de um modo geral, ela está longe de ser a pessoa mais agradável do mundo.
E eu adorei a participação que o RuPaul fez na série, como vizinho da Sophia. Para quem acompanha o meu blog a mais tempo não é nenhuma novidade que eu amo a mama Ru e que sou uma grande fã de RuPaul's Drag Race. O personagem dele na série tem um toque de humor ácido, faz comentários super engraçados e ainda dá dicas de prevenção contra o HPV, como não amar? Shantay you stay, RuPaul. Quero ter ver em mais episódios da segunda temporada.

Estava sentindo falta de acompanhar uma série que tivesse episódios de rápida duração, todos de "Girboss" tem em média 20-25 minutos de duração. Isso facilitou a minha vida (a vida de universitário não é nada fácil). E se você se interessar pela série a 1 temporada completa está disponível na Netflix.

A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell (Sem Spoiler)

"Em um mundo pós-2029, é bastante comum o aperfeiçoamento do corpo humano a partir de inserções tecnológicas. O ápice desta evolução é a Major Mira Killian (Scarlett Johansson), que teve seu cérebro transplantado para um corpo inteiramente construído pela Hanka Corporation. Considerada o futuro da empresa, Major logo é inserida no Section 9, um departamento da polícia local. Lá ela passa a combater o crime, sob o comando de Aramaki (Takeshi Kitano) e tendo Batou (Pilou Asbaek) como parceiro. Só que, em meio à investigação sobre o assassinato de executivos da Hanka, ela começa a perceber certas falhas em sua programação que a fazem ter vislumbres do passado quando era inteiramente humana."
O ano é 2029 e a tecnologia passou por grandes avanços, além de estar cada vez mais presente na vida dos humanos. Coisas como inteligência artificial não é apenas um sonho distante de se alcançar, e sim algo já existente que as pessoas podem usufruir. E o auge de toda essa tecnologia é a Major Mira Killian - ou simplesmente Major (Scarlett Johansson). Ela teve o seu cérebro transplantado para um corpo robótico construído pela Hanka Corporation, é como se fosse uma alma dentro de uma máquina.
Por ser o recurso mais poderoso, sendo considerado como o futuro da empresa, Major é treinada e inserida no Section 9, um departamento da polícia local que atua no combate dos crimes cibernéticos — o pior tipo de crime que uma pessoa pode cometer. Essa equipe é comandada por Aramaki (Takeshi Kitano), e Major conta com Batou (Pilou Asbæk) como seu parceiro.

Quando eles têm de lidar com um assassino misterioso que está matando os executivos da Hanka, se torna a missão pessoa de Major conseguir capturá-lo. Contudo, essa jornada vai a fazer questionar coisas sobre o seu passado que é totalmente incerto, pois ela não se lembra de como era a sua vida antes e todas as informações que possui foram fatos que os médicos da Hanka Corporation lhe contaram. Assim, ela parte em busca de tentar descobrir o seu passado, a verdade sobre sua vida passada e no meio de todas essas procuras, Major se dá conta de que o verdadeiro inimigo não é quem ela pensa quem é; se trata de alguém mais próximo dela.
As cenas de ação ficaram bastante dinâmicas, sempre tem algo acontecendo a todo momento do filme. Algo que me chamou a atenção foram as cores vibrantes que se destacavam, além dos efeitos especiais que ficaram muito bons.

Como eu não conheço o anime não fosso fazer comparações com o filme, mas, de acordo com os meus amigos que assistiram os dois, a história acabou ficando um pouco corrida, ainda mais se compararmos com outros filmes do gênero que costumam a ter a proximamente umas duas horas de duração. E na internet eu li diversas críticas a respeito da escalação da Scarlett Johansson, uma atriz estadunidense, para poder interpretar uma personagem originalmente japonesa.

Ficha Técnica

  • Título: A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell
  • Direção: Rupert Sanders
  • Duração: 1h47min.
  • Gênero: Ação, Ficção científica
  • Elenco: Scarlett Johansson, Pilou Asbæk, Takeshi Kitano, Juliette Binoche, Michael Pitt, Michael Pitt, Peter Ferdinando, Rila Fukushima

Curiosidades:

  • Margot Robbie foi considerada para o papel principal.
  • Muitos fãs contestaram a escolha de Scarlett Johansson para interpretar uma personagem japonesa. Várias pessoas protestaram na internet contra a escalação de atores brancos para interpretarem papéis de outras etnias.
  • O título do filme é baseado no termo "Ghost in the machine", usado pela primeira vez por Arthur Koestler, em 1967. O trabalho vai de encontro ao dualismo mente-corpo descrito por René Descartes.
  • A personagem Geisha (Rila Fukushima) apareceu em muitos dos trailers usando uma máscara criada pela Weta Workshop e inspirada no rosto da própria atriz. Até mesmo nas cenas mais chocantes, a produção optou pelo trabalho manual ao invés do uso de efeitos especiais.
  • O nome do Major Motoko Kusanagi foi trocado para Major Mira Killian a fim de ter um nome que não fosse japonês no filme, e, assim, alcançar um público maior.

20 Lições de Vida que Aprendi com F.R.I.E.N.D.S

"Seis jovens são unidos por laços familiares, românticos e, principalmente, de amizade, enquanto tentam vingar em Nova York. Rachel é a garota mimada que deixa o noivo no altar para viver com a amiga dos tempos de escola Monica, sistemática e apaixonada pela culinária. Monica é irmã de Ross, um paleontólogo que é abandonado pela esposa, que descobriu ser lésbica. Do outro lado do corredor do apartamento de Monica e Rachel, moram Joey, um ator frustrado, e Chandler, de profissão misteriosa. A turma é completa pela exótica Phoebe."
1) Todos nós temos a nossa alma gêmea, ou melhor, nossa lagosta.

2) Camisinha funciona apenas 97%, então cuidado com os 3% de falha.

3) Os amigos são a família que escolhemos.

4) Não se envergonhe de seu passado, ria dele.

5) Cuidado ao fazer um bronzeamento artificial.
Ross: Você é minha lagosta
6) Dar um tempo não é a mesma coisa do que terminar, então não use isso como argumento.

7) Não traia.

8) O amor verdadeiro sempre triunfa no final.

9) O dinheiro não compra felicidade.

10) Se for seduzir alguém certifique-se de que não está com uma faca em mãos, pois isso pode resultar em um grave acidente. Sedução + facas = não é uma boa combinação.

11) Não se divide comida.

12) Durante uma cerimônia de casamento SEMPRE diga o nome certo.

13) Rir sempre melhora tudo.

14) É possível tomar um galão de leite em 10 segundos.
15) Cuidado ao vigiar seus vizinhos, pois nunca se sabe se vai encontrar eles pelados ou não.

16) Não fique bêbado com seu ex em Las Vegas e, muito menos, se case com a pessoa.

17) Inventar nomes falsos é divertido.

18) Se uma pessoa sabe tocar piano ela é capaz de tocar até mesmo um invisível.

19) Não ligue para que os outros pensem de você, apenas seja feliz e aproveite a vida.

20) Sempre que estiver na bad por conta de um relacionamento que não deu certo escute Lionel Richie, ele pode ajudar a colar um coração partido.

Resenha: Simplesmente o Paraíso (Quarteto Smythe-Smith #1)

Título: Simplesmente o Paraíso (Quarteto Smythe-Smith #1)
Autor(a): Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 272
Classificação: 3/5

A Julia Quinn me conquistou com a série dos Bridgerton (amo romances de época), cada um dos personagens e membros da numerosa família estão no meu coração, já que cada um é mais apaixonante do que o outro. Sendo assim, quando soube que ela iria lançar uma nova série e que teria uma ligação com a família Bridgerton foi impossível não ler. E com o "Quarteto Smythe-Smith", Julia Quinn criou novos personagens bastante marcantes.
"Honoria Smythe-Smith é parte do famoso quarteto musical Smythe-Smith, embora não se engane e saiba que o dito quarteto carece sequer do menor sentido musical e tem esperanças postas que esta seja a última vez que se submeta a semelhante humilhação. Esta será sua temporada e com um pouco de sorte conseguirá um marido.
Durante um jantar, põe seus olhos em Gregory Bridgerton, um dos mais jovens da família Bridgerton. Sabe que não está apaixonada, mas ele parece uma opção mais que válida.Marcus Holroyd é o melhor amigo do irmão de Honoria, Daniel, que vive exilado na Itália. Ele prometeu olhar por ela e leva suas responsabilidades muito seriamente. Odeia Londres e durante toda a temporada, permaneceu vigilante e intermediou quando acreditava que o pretendente não era o adequado.
Honoria e Marcus compartilham uma amizade, pouco atípica, fruto dos anos que se conhecem e que o torna parte da família.
Entretanto, um desafortunado acidente faz que ambos repensem sua relação e encontrem a maneira de confrontar o que surge entre eles, se tiverem coragem suficiente."
Durante parte de sua infância Marcus Holroyd é filho único e foi criado por um pai muito rígido e ausente, que esperava que ele se tornasse o futuro Duque de Chatteris. Em sua casa Marcus não tinha amigos da sua idade, no que resultou que ele se tornasse um garoto solitário e bastante tímido. Essa situação muda quando ele vai estudar em um colégio, onde demora um pouco para se adaptar, pois nunca tinha convivido com outras crianças de sua idade e não sabia ao certo como agir. Mas, apesar de todas as dificuldades, ele consegue fazer uma amizade com Daniel Smythe-Smith.

A amizade entre os dois garotos era tão grande que sempre que chegava as férias, Marcus passava ao lado de seu amigo na casa dos Smythe-Smith. Era uma convivência tão grande que o futuro Duque de Chatteris passou a ser considerado como um membro da família, até mesmo tinha que lidar com a irmã caçula de Daniel: Honoria Smythe-Smith, que vivia importunando os dois rapazes.
“Honoria tratou de não estremecer. O musical anual da família nunca era um bom momento para fazer amizade com um cavalheiro, a menos que ele fosse surdo. Houve algum argumento dentro da família a respeito de quem, precisamente, tinha começado a tradição, mas em 1807, as quatro primas Smythe-Smith tinham subido ao palco e massacrado uma peça musical perfeitamente inocente. Por que elas, ou melhor, suas mães pensaram que seria uma boa ideia repetir o massacre nos anos seguintes, Honoria nunca saberia, mas o fez no ano depois desse, e ano após.”
Alguns anos mais tarde eles se reencontram novamente. Honoria não é mais a garotinha chata que ficava irritando Marcus e Daniel, ela cresceu e se tornou uma mulher muito atraente e que está desesperada para encontrar um bom partido. Todos  que encontrou até então sempre tinham algum tipo de defeito: um havia agredido um cachorro, outro era um aproveitador... Porém, naquela temporada ela está positiva de que as coisas vão se sair diferente, que dessa vez ela irá encontrar um homem que seja decente, e Honoria até tem um nome em mente: Gregory Bridgerton.

O que ela não poderia contar que o seu encontro com Marcus Holroyd, o Duque de Chatteris poderia acabar mudando o rumo da situação. Após um acidente em que se envolveram, ele ficou entre a vida e a morte e foi nesse momento em que Honoria entrou em ação, o ajudando e tomando conta dele para ajudar na recuperação. E durante esse tempo que passam juntos, tanto Honoria quando Marcus percebem que o amor que sentem um pelo outro pode maior do que bons amigos.
"Ela o amava. Sempre o amaria. Isso fazia tanto sentido… Quem não amaria Marcus Holroyd?"
Foi incrível poder conhecer um pouco sobre os membros da família Smythe-Smith, que ficaram conhecidas na série dos Bridgerton, por sempre tocarem em um concerto anual em Londres, e também por serem terríveis (e elas tem noção disso, mas se trata de uma tradição familiar). Também adorei o fato de rever alguns personagens antigos, como Gregory Bridgerton e da velha Lady Danbury.

Como de costume, "Simplesmente o Paraíso" segue o mesmo caminho dos livros anteriores de Quinn, apesar dos personagens serem diferentes a receita usada é a mesma. É um verdadeiro clichê, mas impossível de não gostar. E o que eu mais gostei durante a leitura foi que eu dei boas risadas, a Honoria e as mulheres de sua família são bastante engraçadas, um outro talento além de não serem nada afinadas.

Se você gosta de romances de época "Simplesmente o Paraíso" é um livro que vale a pena, assim como os restantes da Julian Quinn. Essa mulher vem fazendo um ótimo trabalho, criando personagens apaixonantes, enredos interessantes e histórias incríveis!

Amor & Outras Drogas (Sem Spoiler)

"Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é um garanhão incorrigível, do tipo que perde a conta do número de mulheres com quem já transou. Após ser demitido do cargo de vendedor em uma loja de eletrodomésticos por ter seduzido uma das funcionárias, ele passa a trabalhar num grande laboratório da indústria farmacêutica. Como representante comercial, sua função é abordar médicos e convencê-los a prescrever os produtos da empresa para os pacientes. Em uma dessas visitas, ele conhece Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma jovem de 26 anos que sofre de mal de Parkinson. Inicialmente, Jamie fica atraído pela beleza física e por ter sido dispensado por ela, mas aos poucos descobre que existe algo mais forte. Maggie, por sua vez, também sente o mesmo, mas não quer levar o caso adiante por causa de sua doença."
São os anos 90 e o mulherengo Jamie Randall (Jake Gyllenhaal) é um charmoso vendedor de uma loja de eletrônicos, ele sabe como usar o seu charme e o seu bom humor para poder vender os seus produtos. Ele é um verdadeiro sucesso, é como se tivesse um grande talento para isso. Porém, ao se envolver com uma das funcionárias ele acaba sendo demitido.

Há alguns anos ele começou a cursar a faculdade de medicina, mas resolveu largar o curso ao perceber que não era aquilo o que queria para sua vida e desde então vive competindo com o próprio pai para mostrar que tem o controle de sua própria vida. Sendo assim, Jamie é obrigado a procurar um novo emprego e com isso ele decide trabalhar como representante de uma indústria farmacêutica, vendendo o antidepressivo Zoloft e o antibiótico Zithromax.  

Da mesma maneira que Jamie usava de seu charme para vender produtos eletrônicos, ele também faz o mesmo para tentar vender os remédios. Ele tenta se aproximar dos médicos, e até mesmo tenta seduzir as recepcionistas dos médicos para facilitar o contato. Apesar de conseguir boas vendas, existe um problema que nem mesmo seu charme ou a sedução pode resolver: o Zoloft é um fracasso devido a forte concorrência com o Prozac. E em uma de suas tentativas ao tentar vender o antibiótico, Jamie acaba conhecendo Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma jovem que foi diagnosticada com a síndrome de Parkinson precocemente.
O primeiro contato dos dois não é um dos melhores, mas eles acabam tendo uma segunda chance quando tomam um café juntos. Por conta de sua doença Maggie não gosta de se relacionar com as pessoas, de forma que ela prefere apenas um sexo casual. E de início essa dinâmica parece funcionar entre Maggie e Jamie: apenas sexo, diversão e nada mais. Contudo, aos poucos Jamie começa a querer mais da companhia da mulher, ficar junto dela sem precisar transar.

Com isso os dois começam passar mais tempo juntos, e apesar de toda dificuldade Jamie convence Maggie de tentar estar em um relacionamento. Ao mesmo tempo em que os dois se divertem bastante, também precisam saber lidar com as questões da doença dela. Jamie fica obcecado em tentar encontrar uma cura para o Parkinson, e isso pode afetar o seu relacionamento com Maggie.
Quem já desejou ver seus atores favoritos atuando juntos em um filme? Eu! E foi incrível ver o Jake e a Anne trabalhando juntos em "Amor & Outras Drogas". Achei muito boa a química entre os dois personagens, o modo que eles foram construindo a relação deles e a vulnerabilidade de Maggie por conta de sua doença.

Esse é um típico filme de comédia romântica, possui alguns clichês que as pessoas amam e é uma ótima alternativa para se assistir quando estiver sem nada para fazer. "Amor & Outras Drogas" tem cenas divertidíssimas e conta uma história emocionante de amor (posso ter chorado em algumas partes) e de superação. E, diga-se de passagem, que Jake Gyllenhaal estava deslumbrante no filme, assim como a Anne Hathaway.  

Ficha Técnica

  • Título: Amor & Outras Drogas.
  • Duração: 1h52min.
  • Direção: Edward Zwick.
  • Gênero: Romance, Comédia.
  • Elenco: Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway, Oliver Platt, Hank Azaria, Josh Gad, Gabriel Macht, Judy Greer, George Segal

Curiosidades:

  • O livro "Hard Sell: The Evolution of a Viagra Salesman", de Jamie Reidy, serviu apenas de ponto de partida, uma vez que nele não existe situação de interesse amoroso. Já em Amor e Outras Drogas, um de seus principais temas é o relacionamento entre os personagens Jamie Randall e Maggie Murdock.
  • É o segundo filme em que Anne Hathaway e Jake Gyllenhaal trabalham juntos. O anterior foi O Segredo de Brokeback Mountain (2005).
  • O longa foi rodado em Pittsburgh, estado da Pennsylvania, centro da indústria médica americana com muitas empresas fortes de pesquisa.
  • O ator Jake Gyllenhaal se reuniu diversas vezes com o autor do livro, no intuito de se preparar para o personagem.
  • Já Anne Hathaway fez o mesmo com Lucy Roucis, atriz profissional que tem Mal de Parkinson (diagnosticado poucos anos antes de completar 30 anos de idade) e que agora trabalha em Denver com uma companhia de atores chamada PHAMALY (Physically Handicapped Actors and Musical Artists League, Inc. - Liga de Atores e Músicos Portadores de Deficiências).

Resenha: Delírios de Consumo de Becky Bloom

Título: Delírios de Consumo de Becky Bloom
Autor(a): Sophie Kinsella
Editora: Record
Número de páginas: 428
Classificação: 3/5

Sou uma grande fã do filme "Delírios de Consumo de Becky Bloom", dirigido por  P.J. Hogan, e estrelado por Isla Fisher, Hugh Dancy e Krysten Ritter. Sendo assim, estava curiosa e com uma enorme vontade de ler o livro que tinha dado origem a esse filme que eu tanto adoro.
"'Rebecca sou eu. São minhas irmãs. São todas as minhas amigas que já saíram para comprar um chocolate e voltaram para casa com um par de botas. Rebecca é todas as mulheres (e homens) que já se viram parados diante de uma vitrine e souberam, com certeza absoluta, que precisavam comprar aquele casaco e... ai, meu Deus, calças que combinassem com ele!' - Sophie Kinsella
Os Delírios de Consumo de Becky Bloom é o primeiro romance da inglesa Sophie Kinsella. É a história de uma jornalista financeira que durante o dia, ensina às pessoas como administrar seu dinheiro e no fim-de-semana, transforma-se em uma consumidora compulsiva, fugindo do gerente do seu banco e com muitas dívidas. Rebecca Bloom não resiste uma liquidação! Quanto mais inútil, melhor! Para ela, o mundo todo enxerga os detalhes da alça de seu sutiã, combinando com as cores de seus sapatos. Mas seu salário nunca é suficiente para pagar suas extravagâncias. Endividada até a alma, Rebecca, ou Becky, vive fugindo do seu gerente de banco e procurando fórmulas mirabolantes para pagar a fatura do cartão de crédito. Os Delírios de Consumo de Becky Bloom é um pouco da história de todas as pessoas para as quais comprar é quase uma terapia, a resposta para todos os problemas, mesmo criando outros piores ainda. Entre eles, inventar a próxima desculpa para o gerente do banco: - "Meu pé quebrou! Você não recebeu meu cheque? Meu cachorro morreu!", são alguns dos argumentos usados por Becky para enrolar seu gerente Derek Smeath. Mas a personagem de Sophie Kinsella não é apenas uma ´´material girl´´ que só pensa em dinheiro e futilidades. Rebecca é sensível, carinhosa e extremamente otimista. Com essas qualidades, ela vai fazer de tudo para resolver seu problema. Primeiro, tenta reduzir seus gastos a zero, o que logicamente, não funciona. Diante disso, ela resolve que precisa ganhar mais dinheiro, mesmo sabendo que seu emprego está ameaçado. Nos delírios de consumo de Becky, todos os seus problemas se resolveriam de imediato ao ganhar na loteria, ou se um completo estranho pagasse sua conta do Visa - por engano, claro. Como se não bastasse, em meio a tanta confusão, Becky ainda arruma tempo para se apaixonar pelo sedutor - e expert em finanças - Luke Brandon. Os Delírios de Consumo de Becky Bloom é um divertido romance, que retrata com perfeição grande parte das mulheres que conhecemos."  
Rebecca Bloom (ou Becky) é uma jornalista financeira, que também é uma compradora compulsiva. Ao mesmo tempo em que ela tenta ajudar as pessoas a administrar o seu dinheiro, ela também não consegue resistir às liquidações— fazer compras é o que lhe deixa feliz, é como uma forma de satisfação. Por conta de não saber controlar seus gastos, Becky está cheia de problemas e dívidas, e como se isso não bastasse ela ainda vive fugindo do gerente de seu banco, Derek Smeath, e da assistente dele, Erica Parnell.

São tantas desculpas que ela inventa— uma gripe forte, uma perna quebrada, a morte de seu cachorro... O que não falta é criatividade para inventar as justificativas. Enquanto isso, Becky se vê diante de suas situações: C.G. (cortar gastos) ou G.M.D. (ganhar mais dinheiro). Ela até que tenta seguir a risca o primeiro plano, mas está claro que para essa consumidora nata cortar os gastos é muito mais difícil do que imaginava, então fica claro que ela tem de partir para a segunda alternativa. Porém, como ela vai fazer para ganhar mais dinheiro?
"Não acredito. Ela me despediu. Nem cheguei a trabalhar lá um dia inteiro e já fui mandada embora. Fiquei tão chocada quando ela me contou que, juro, quase fiquei com os olhos cheios de lágrimas. Quero dizer, fora o incidente com os jeans de estampa de zebra, eu achei que estava indo muito bem."
1) Apostar na loteria?
2) Se casar com algum milionário?
3) Investir em projetos profissionais?
4) Fugir para a casa de seus pais? Afinal de contas quem precisa pagar as inúmeras dívidas?

E como se toda essa confusão em sua vida já não fosse o suficiente, Becky também se mete em algumas trapalhadas envolvendo Luke Brandon, que trabalha na Brandon Communications e um dos empresários mais inteligentes de sua geração. Além de ele possuir certo ar de arrogância, também parece saber exatamente que Becky não passa de uma fraude já que ela não entende muito de finanças.
"Mas hoje o dia é para as compras de Luke, não minhas. E, estranhamente, é quase mais divertido escolher para outra pessoa do que para si mesmo."
Assim como existe em toda adaptação literária para o cinema existem certas diferenças entre o livro e o filme, e "Delírios de Consumo de Becky Bloom" não escapa dessa regra. Porém, apesar disso acabei me divertindo horrores durante a leitura, da mesma maneira que me diverti quando assisti ao filme. É impossível não rir com as confusões em que Becky acaba se metendo.

Resenha: Os Contos de Beedle, O Bardo

Título: Os Contos de Beedle, O Bardo
Autor(a): J. K. Rowling
Editora: Rocco
Número de páginas: 108
Classificação: 3/5

Como sou uma grande fã da saga de Harry Potter, não pude deixar de ficar interessada quando descobri que realmente existia o livro "Os Contos de Beedle, O Bardo", que é citado em Relíquias da Morte. Não foi fácil achar esse livro de contos por ele ter sido publicado no ano de 2008, e depois de tanta procura foi ótima a sensação de ter ele em mãos. Esse é um livro que eu li há alguns anos, mas como gostei tanto dele na época achei que seria interessante resenhá-lo.
"Os contos foram traduzidos das runas originais pela personagem Hermione, a partir do velho exemplar herdado por ela. São cinco histórias de fadas diferentes entre si. Histórias populares para jovens bruxos e bruxas, contadas há gerações aos filhos à hora de dormir. Pouco se sabe do passado de seu autor, apenas que Beedle, o Bardo, teria nascido em Yorkshire no século XV e possuía uma longa barba; mas suas histórias foram passadas de geração em geração e têm ajudado muitos pais bruxos. Não muito diferente dos contos escritos para pequenos trouxas. Enquanto nos livros dos trouxas ela está ligada ao comportamento errado, aqui ela está associada aos heróis e às heroínas que são capazes de realizar mágicas para ajudar os outros. Só que ao mesmo tempo bruxos e bruxas descobrem que esta mesma magia pode lhes causar dificuldades e nem sempre é a solução para todos os problemas. Assim como em alguns contos de fadas, as histórias de Beedle podem assustar criancinhas, mas, por outro lado, as inspiram a serem honestas e a usarem seus poderes para o bem, algo que Dumbledore ressalta a todo momento em suas anotações.
A primeira das histórias, “O bruxo e o caldeirão saltitante”, tem como protagonista o filho de um bruxo muito bom que, após a morte do pai, decide não ajudar os outros como o pai o fazia; “A fonte da sorte” mostra a busca de três bruxas e um cavaleiro por uma fonte, cuja água concede boa sorte a todos aqueles que nela se banharem; em seguida, a mais assustadora das narrativas, “O coração peludo do mago”, sobre um velho bruxo incapaz de amar e uma donzela que em muito lembra as donzelas dos contos de fadas trouxas; antes da já conhecida “O conto dos três irmãos”, Rowling apresenta as aventuras da esperta “Babbity, a coelha, e seu toco gargalhante”. Os contos de Beedle, o Bardo comprovam mais uma vez o talento de J. K. Rowling para transportar o leitor para o seu universo mágico e único. Pegue sua vassoura, alguns galeões e vá buscar o seu!"
As crianças trouxas estão familiarizadas com histórias de conto de fadas, como a Cinderela, Branca de Neve e os Sete Anões, Bela Adormecida... E por aí vai. O que alguns não sabem é que as crianças bruxas também estão familiarizadas com alguns contos, todas as histórias são associadas aos heróis e às heroínas que são capazes de usar a magia para ajudar os outros, e ao mesmo tempo em que a magia pode ser a solução de muitos problemas, também é a causadora de outros. E o "Os Contos de Beedle, O Bardo", se tornou famoso entre os jovens bruxos e bruxas. Esse livro possui cinco histórias diferentes e cada uma tem uma moral ao final.
O Bruxo e o Caldeirão Saltitante: após a morte de seu pai, um bruxo muito ranzinza herda o seu caldeirão. Diferente de seu pai, que ajudava os vizinhos trouxas utilizando o caldeirão, o jovem bruxo nega a ajuda aos que necessitam e tomando essa atitude ele recebe uma lição.
"— Pare! Silêncio! — guinchou o bruxo, mas todos os seus poderes mágicos não conseguiam calar a panela verrugosa, que o seguiu saltitando o dia todo, zurrando e gemendo e clangorando, aonde quer que ele fosse ou o que quer que fizesse."
A Fonte da Sorte: três bruxas e um cavaleiro estão buscando por uma fonte, onde a água é mágica e concede sorte a todos que se banham nela. E durante o trajeto eles encontram com algo que irá testar seus corações.
"Uma vez por ano, entre o nascer e o pôr-do-sol do dia mais longo do ano, um único infeliz recebia a oportunidade de competir para chegar à fonte, banhar-se em suas águas e ter sorte a vida inteira."
O Coração Peludo do Mago: observando seus amigos agirem como tolos por estarem apaixonados, um mago decidiu que nunca iria apaixonar, e com isso ele utilizou a magia das artes das trevas para bloquear o seu coração contra o amor. E cinquenta anos mais tarde ele conhece uma donzela que será capaz de colocar tudo em prova.
"A jovem, por sua vez, sentiu ao mesmo tempo fascínio e repulsa pelas atenções do mago. Ela pressentiu a frieza que havia sob o calor de suas lisonjas, pois jamais conhecera um homem tão estranho e distante."
Babbitty, a Coelha, e seu Toco Gargalhante: em um reino distante um rei decidiu que somente ele poderia ter poderes mágicos, entretanto um charlatão viu isso como uma oportunidade de enriquecer e se apresentou ao palácio como um bruxo grandioso. Ele abusa da magia de Babbitty para se aproveitar do rei, e no final acaba pagando um preço enorme por isso.
"Quando os jardins se esvaziaram novamente, esgueirando-se do buraco entre as raízes do toco uma velha coelha robusta e bigoduda com uma varinha presa entre os dentes. Babbitty saiu saltando pelos jardins para muito longe, a estátua de ouro da lavadeira, que recobria o toco, durou para sempre, e nunca mais os bruxos foram perseguidos naquele reino."
O Conto dos Três Irmãos: três irmãos bruxos utilizaram a magia para construir uma ponte para atravessarem o rio. A Morte ficou furiosa por eles terem lhe roubado três vítimas, pois era comum que os viajantes se afogassem no rio. Ela presenteou cada um deles com um item mágico: a Varinha das Varinhas, a Pedra da Ressurreição e a Capa da Invisibilidade. Assim eles tentam desafiar a morte.
"Embora a Morte procurasse o terceiro irmão durante muitos anos, jamais conseguiu encontrá-lo. Somente quando atingiu uma idade avançada foi que o irmão mais moço despiu a Capa da Invisibilidade e deu-a de presente ao filho.  Acolheu, então a Morte como velha amiga e acompanhou-a de bom grado, e, iguais, partiram dessa vida."
O livro acaba sendo um complemento para a saga de Harry Potter, sendo assim eu acredito que todos os fãs da série deveriam buscar ler "Os Contos de Beedle, O Bardo". Se trata de um livro pequeno e a leitura é rápida, e as histórias estão longe de serem infantis, muito pelo contrário, algumas delas acabam sendo um pouco assustadoras e inteligentes.

Por essa ser a versão que o Dumbledore deu para Hermione, o livro está recheado de comentários dele que aprofundam as histórias. E o livro também está cheio de desenhos que complementam as histórias.

Resenha: As Fases da Lua

Título: As Fases da Lua — 5 mulheres, 5 fases da Lua, 5 histórias de… amor?
Autor(a): Bianca Briones, Jennifer Brown, Leila Rego e Clarissa Corrêa.
Editora: Gutenberg
Número de páginas: 352
Classificação: 4/5

Conheci esse livro pro acaso, estava olhando algumas coisas que precisava comprar na Leitura quando me deparei com ele. O que me chamou atenção foi a capa que eu considerei muito bonita, sem contar que se tratava de um livro de contos (eu amo). E depois de ler eu entendi o porquê dele estar conquistando tantas pessoas. 
"5 mulheres, 5 fases da Lua, 5 histórias de… amor?
Alice é uma jovem com uma vontade crescente de cair no mundo, até se apaixonar pelo cara mais gato da cidade. Mas um incidente no meio de seu conto de fadas pode mudar sua vida para sempre.
Lena é uma mulher cheia de amor para dar e que stalkeia todos os passos dos homens por quem se apaixona. E ela realmente se apaixona por todos. O problema é que eles não se apaixonam por ela…
Um amor minguante não tem vez na vida de Bruna. Noiva do seu melhor amigo de infância, eles se preparam para o casamento e traçam planos para uma vida inteira juntos. Mas será que não é perfeição demais?
Ainda nova, Dora já é uma médica renomada, segura e decidida, mas seu coração traz uma ferida e ela não está disposta a se abrir novamente. Até que o amor lhe aparece em forma de canção…
Destiny é uma jovem com um passado marcado por dúvidas e segredos, assim como o misterioso luar azul que toma conta de sua cidade, deixando-a confusa e com medo… pois no fundo ela sabe que ele pode guardar as respostas que ela tanto busca.
Assim como a Lua, a vida também é repleta de fases, e neste livro acompanhamos as deliciosas histórias de cinco mulheres que estão em diferentes fases da vida, mas que têm em comum os altos e baixos, os amores e desamores, as promessas e incertezas da busca pela felicidade."
LUA CRESCENTE
Nesse conto conhecemos a história de Alice, e desde pequena ela sempre sofreu muitas comparações com sua irmã mais nova: Valentina. Enquanto a caçula da família era uma verdadeira boneca, a queridinha de toda família, já Alice é o totalmente o oposto de sua irmã, ela é uma garota cheia de atitude, que sempre tem uma resposta pronta na ponta da língua e que possui o desejo de conquistar o mundo. E graças ao apoio e amor que recebe de sua tia Antônia, que era praticamente uma mãe para ela, Alice consegue superar alguns problemas e desafios que aparecem ao longo de sua vida.
"Era lua crescente. Sempre gostei dessa fase da lua, porque é a época em que ela vai ganhando cada vez mais luminosidade até chegar ao auge."
LUA CHEIA
Lena é uma jovem mulher muito ansiosa, professora de artes, que detesta o seu trabalho e que está perdidamente apaixonada por Eduardo (Du), um homem que vive sumindo e só aparece quando é conveniente. Essa relação é uma verdadeira ilusão. E quando uma velha amiga reaparece, Lena toma uma decisão bastante impulsiva que pode ser definitiva para a sua vida, tanto para a questão do seu trabalho, já que está infeliz, quanto para o seu problema com Du.
"Fecho os olhos sentindo que tirei um peso enorme das costas. Ir para a Itália... talvez seja isso, afinal, que o meu coração está dizendo."
LUA MINGUANTE
Se apaixonar por seu melhor amigo é o sonho de qualquer uma, certo? Bruna é o nome dessa garota sortuda, que está noiva de seu amigo de infância: Guilherme. Foram vários anos de relacionamento, com eles tendo de superar algumas complicações e a maldita distância que o separa. Finalmente eles estão prontos para se casarem, começarem a vida juntos com quem eles tanto sonhavam. Porém, o destino parece ter outro plano para os dois.
"Lágrimas escorreram pelo meu rosto. Na única vez que o Guilherme jurou algo era mentira e foi tentando me proteger. Ele sempre disse que sua palavra era o bastante e não era preciso juramentos. Essa mudança repentina diz tudo o que preciso e, no fundo, não queria saber: ele está mentindo para mim."
LUA NOVA
Dora é uma oftalmologista que é muito dedicada em seu trabalho, é como se sua vida apenas girasse em torno dele, não havendo mais nenhum tempo para nada. E após o seu último namorado, ela deixou o amor de lado em sua vida. Contudo, em uma viagem a trabalho, Dora se permite deixar o trabalho um pouco de lado e começa a apreciar outras coisas da vida, e quem sabe ela não aproveita o momento para se deixar dar mais uma chance para o amor.
"— Ah, o amor... Sem ele nada faz sentido! — minha voz saiu carregada de ironia."
LUA AZUL
A jovem Desnity (ou Des) nunca teve uma vida fácil, sua mãe morreu após uma overdose, ela nunca conheceu o seu pai, ela sofre com um enorme preconceito por ser adotada e o seu emprego é péssimo. Ela vive em um lar com os seus pais adotivos, os seus irmãos "naturais" e outro irmão também adotado. Porém, quando uma estranha lua azul em sua cidade, deixando toda população assustada, essa pode ser a resposta para todos os problemas de Des.
"Ache seu rumo, menina. Ache seu rumo, antes que a lua exploda todo seu azul sobre você."
Assim como a lua, as nossas vidas passam por diversas fases e o mesmo acontece com o amor. O livro "As Fases da Lua" retratam vários tipos de amor: o épico, o próprio, duradouros e outros romances que são rápidos. Cada história acaba sendo diferente da outra, mas uma coisa é certa: todas as personagens possuem um jeito único e marcante de ser.

Essa leitura fez com que eu saísse um pouco da minha zona de conforto, pude conhecer o trabalho de outras escritoras e acabei me encantando. Para quem é fã de contos "As Fases da Lua" é uma ótima opção para ler.

A Bela e a Fera: Revivendo a Minha Infância (Sem Spoilers)

"Moradora de uma pequena aldeia francesa, Bela (Emma Watson) tem o pai capturado pela Fera (Dan Stevens) e decide entregar sua vida ao estranho ser em troca da liberdade dele. No castelo, ela conhece objetos mágicos e descobre que a Fera é, na verdade, um príncipe que precisa de amor para voltar à forma humana."
Quando era bem pequena, Bela (Emma Watson) e seu pai Maurice (Kevin Kline) se mudaram de Paris para uma vila no interior. Lá eles levavam uma vida bem pacata e sem muitas novidades, às vezes a impressão que dá é de que todos os dias parecem ser os mesmos já que nada de diferente acontece. E como se isso não fosse o suficiente, Bela é considerada como estranha pelas outras pessoas do povoado, afinal de contas ela é uma mulher que tem um grande interesse pela leitura e arranjar um casamento não está entre suas prioridades. Ela é uma mulher muito a frente de seu tempo que sonha em poder conhecer o mundo, um mundo que não seja tão limitado como o vilarejo onde vive.
Em um belo dia em que Maurice vai à feira algo diferente acontece: em vez de voltar para casa com uma rosa para Bela, como sempre fazia. O homem pegou um atalho diferente e foi parar em um castelo — de aspecto abandonado e um pouco obscuro — onde ele foi feito de prisioneiro. Preocupada com a saúde de seu pai, que já está mais velho, Bela parte em sua procura e toma a corajosa decisão de assumir o seu lugar como prisioneiro, abrindo a mão de sua vida e de sua liberdade para salvar a vida de seu pai.

Porém, existia uma pequena peculiaridade a respeito do castelo: há anos o príncipe e os seus criados foram amaldiçoados, ele virou uma fera horrenda e os trabalhadores do castelo se transformaram em objetos. E para quebrar o feitiço o príncipe deveria se apaixonar por alguém e o sentimento deveria ser recíproco, e isso deveria acontecer até a última pétala de rosa.

Todos do castelo já estavam perdendo a esperança até que Bela apareceu, e assim eles se juntaram em uma força tarefa para tentar aproximar a jovem da Fera (Dan Stevens). Contudo, isso não foi uma coisa fácil de se fazer inicialmente, afinal de contas a Fera tinha um gênio bastante complicado de lidar e na maioria das vezes era grosseiro, já Bela o desafiava.
Esse live action fez com que eu voltasse ao passado, como se estivesse assistindo a animação de 1991. Senti uma alegria misturada com uma pontada de nostalgia. Para quem é fã do filme antigo, essa nova versão não decepciona, muito pelo contrário, se manteve muitas coisas parecidas: as músicas, a caracterização dos personagens e os acontecimentos, e ainda foram adicionadas algumas cenas e outras músicas, de uma explicação sobre o que aconteceu com a mãe da Bela.

Ficha Técnica
  • Título: A Bela e a Fera
  • Direção: Bill Condon
  • Duração: 2h09min
  • Gênero: Fantasia, Romance, Musical
  • Elenco: Emma Watson, Dan Stevens, Luke Evans, Kevin Kline, Josh Gad, Ewan McGregor, Emma Thompson, Audra McDonald, Hattie Morahan, Ian McKellen.

Curiosidades:
  • Emma Watson seria a Bela em Beauty, filme da Warner, mas deixou o projeto para viver a personagem neste longa da Disney.  
  • Enquanto Ryan Gosling recusou o papel de Fera para fazer La La Land: Cantando Estações (2016), Emma Watson desistiu de viver Mia no mesmo filme para ser a Bela do live-action da Disney.
  • Nas primeiras conversas entre o diretor Bill Condon e os representantes da Disney sobre a nova adaptação de A Bela e a Fera (1991), a companhia não tinha certeza se o live-action seria um musical. Condon, por sua vez, achou que seria uma loucura investir na produção sem aproveitar as músicas do filme original. 
  • Segundo Ewan McGregor, a parte mais difícil em interpretar Lumiere era acertar no sotaque francês do personagem. 
  • A Bela vivida por Emma Watson trocou as sapatilhas por botas e deixou o avental de lado. Ideias da própria Emma. A atriz também se recusou a usar espartilho como parte do figurino da sua personagem.

Resenha: Misterioso — Selvagem Irresistível

Título: Misterioso — Selvagem Irresistível
Autor(a): Christina Lauren
Editora: Universo dos Livros
Número de páginas: 335
Classificação: 4/5

Vai fazer dois anos desde que entrei em contato com as obras da Christina Lauren — é o nome combinado de duas co-autoras Christina Hobbs e Lauren Billings —, e desde então venho tentando acompanhar todos os lançamentos de seus livros — são muitos e às vezes eu acabo me perdendo. E hoje, estou trazendo para vocês do blog a resenha do livro Misterioso, o terceiro da saga Selvagem Irresistível.
"O que acontece em Vegas, fica em Vegas. No entanto, o que não aconteceu em Vegas, parece os seguir em todo lugar Lola e Oliver agradecem por terem tido o bom-senso de não consumarem o casamento bêbado em Las Vegas. E se eles duvidassem que isso fora um erro, a situação de "apenas amigos" não seria tão boa quanto é agora. Ou isso é o que eles pensam... Na verdade, Lola desejou Oliver desde o primeiro dia – e isso só se intensificou com o tempo e com o sotaque australiano dele. Passando mais tempo em casa do que encarando as pessoas, o afeto de Lola por Oliver parece bom demais para ser verdade. Então por que arruinar uma coisa tão boa? Mesmo com tantas garotas rodeando Oliver, ele não consegue se esquecer do que não fez com Lola quando teve a chance. Agora ele tem certeza do que quer com ela... e vai muito além da "friendzone". Quando o trabalho de Lola com quadrinhos se torna um sucesso nacional, e depois é cotado para se tornar uma longa-metragem, Oliver decide ficar ao lado dela para o que ela precisar. Afinal, Lola não é o tipo de garota que gosta de ter todas as atenções voltadas para si, mas talvez ela é o tipo de garota que poderá se atrair por ele." 
O que acontece em Vegas, fica em Vegas. Pelo menos é isso que Lola e Oliver tentam aplicar para o relacionamento deles. Os dois se casaram em Las Vegas, mas ao contrário dos outros amigos — Ansel e Mia, Finn e Harlow — eles foram os únicos que não desfrutaram do casamento que durou apenas algumas horas. Essa decisão foi tomada para preservar a amizade que estava surgindo e com o tempo acabam se tornando amigos inseparáveis. Oliver é um dos poucos caras que sabe de alguns detalhes do passado de Lola, ele se tornou alguém que ela sempre pode contar.

E nesse momento o apoio que um oferece para o outro é mais que essencial. Oliver está abrindo a sua loja de quadrinhos, já Lola está vendo o seu sonho se transformar em realidade: os seus quadrinhos viraram um grande fenômeno e agora a história vai ser adaptada para os cinemas. E mais do que nunca eles precisam um do outro.

Nesse momento ambos começam a perceber que aquela relação vai além da amizade, é óbvio que existe uma atração pelas duas partes. Mas será que vale a pena arriscar a amizade que eles têm? Esse é uma dúvida pertinente, principalmente para Oliver. Contudo, depois de muita coragem os dois acabam se entregando para a avassaladora paixão existente entre eles. Já era tempo.
"Ele tirou a roupa. Oliver fez isso. No seu apartamento."
E em meio a toda correria que sua vida está sendo, Lola vai precisar arrumar um modo de administrar a sua carreira e o seu relacionamento com Oliver. Essa tarefa pode se tornar um pouco complicada devido as constantes viagens que ela precisa fazer, e será que a antiga união e amizade inseparável dos dois vai ser capaz de suportar a distância e a correria?
"Lola tem o mesmo cheiro de sempre — a doçura do mel, a essência de seu sabonete — e seus lábios continuam tão suaves quanto quando lhe dei um beijo de adeus através da janela de seu carro, há poucas horas."
De todos os livros dessa série esse está sendo o meu preferido até o momento. Gostei bastante do desenvolvimento do casal, da amizade que a Lola e o Oliver construíram e como eles perceberam que gostavam um do outro de uma maneira mais intensa. Isso é algo que se assemelha com a realidade das pessoas, quem nunca se apaixonou pelo melhor amigo(a) e teve medo de que isso atrapalhasse a amizade? É uma situação que pode acontecer com qualquer um.

Outra coisa que eu adorei no livro foi o background geek, simplesmente adorei a sensação de ler e reconhecer alguma referência — a minha preferida foi quando eles falaram de Doctor Who, como eu sou uma whovian, uma grande fã da série não podia ter ficado mais feliz com isso. Me apaixonei completamente pelo Oliver durante a leitura, sem dúvida Lola é uma mulher de sorte.

Acho que o único ponto negativo do livro é ele seguir a mesma lógica dos anteriores, de certo modo já é previsível o que vai acontecer. Nesse quesito não tem como as autoras inovarem, afinal de contas por que mudar uma técnica que está funcionando? Não se mexe em time que está ganhando. A leitura fluiu muito rápida e foi tranquila, como sempre a narrativa foi feita em primeira pessoa e em cada capítulo alternava a narração dos personagens, essa é uma técnica que eu gosto bastante. Se você é fã do gênero new adult, você tem que ter esse livro na sua estante!